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Art Attack

9 favelas, 9 moradores, 9 fotógrafos: Projeto Favelagrafia mostra outro olhar da cidade e vira linda exposição no Rio

Para aqueles que acreditam em uma cidade mais igual, num Rio de Janeiro onde favela e asfalto não se dividam mais por conceitos pré-estabelecidos. 

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“A única arma que eles usam ficam no bolso: um Iphone SE”, afirma o Projeto Favelagrafia, idealizado pelo diretor de arte André Havt e pela designer Karina Abicalil. Nove moradores das comunidades cariocas do Morro do Borel, Santa Marta, Morro da Mineira, Complexo do Alemão, Providência, Cantagalo, Babilônia, Rocinha e Morro dos Prazeres foram convidados pela agência NBS para clicar as ruas da comunidade onde vivem.

“Queremos tocar no dia a dia das comunidades, através do olhar de quem lá vive, e a valorização dos talentos locais. Selecionamos nove jovens fotógrafos incríveis e muito talentosos para este projeto. Queremos dar visibilidade a estes talentos, às belezas e às peculiaridades das favelas cariocas”, declara Aline Pimenta, diretora da agência. 

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A iniciativa buscou pessoas que gostam de fotografar e que têm um olhar diferenciado para os registros. Entre os selecionados estão Jessica Higino, Elana Paulino, Josiane Santana, Joyce Piñeiro, Saulo Nicolai, Magno Neves, Rafael Gomes, Omar Britto e Anderson Valentim, que participaram de um treinamento com instruções de como utilizar as funcionalidades do iPhone SE.

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Atualmente, são quase 2 milhões de pessoas vivendo nas favelas do Rio, ou seja, 22% da população total da cidade.

“Aqui, as favelas são mostradas de forma verdadeira, por quem mais entende delas: seus moradores. Nove fotógrafos, cheios de talentos e sonhos, apaixonados pela arte da fotografia e, principalmente, por suas comunidades. O objetivo do projeto é dar visibilidade para o dia a dia do local, suas histórias, paisagens e personagens. Detalhes que só quem mora lá conhece. Recriando, assim, o olhar da cidade sobre a favela”, explica o site do Favelagrafia.

As obras compõem uma exposição recém-inaugurada, que em breve será transformada em livro, revelando os bastidores e o perfil de cada fotógrafo. Além disso, serão montados kits de peças impressas — postais, cartazes e calendários —, que eles poderão comercializar ou utilizar como portfólio.

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A imagem acima viralizou na internet: músicos com a cara coberta e instrumentos nas mãos. “As vezes nem sempre é o que parece, tio”. 

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Os nomes das favelas também viraram artes tipográficas assinadas pelo Tundra Studies.

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A exposição fica no pilotis do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) até o dia 4 de dezembro de 2016. Para mais fotos e informações, acesse o site oficialInstagram do projeto.

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O projeto Favelagrafia é incentivado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura, idealizado pela NBS Rio+Rio, desenvolvido em parceria com a ISL Produções e patrocínio do Consórcio Linha 4 Sul.