Como em conto romântico, o artista Steven Spazuk diz que a ideia de pintar usando chamas veio a ele em um sonho. Depois de sua primeira tentativa – o que resultou em uma folha queimada – ele se tornou obcecado por aperfeiçoar a técnica. A partir daí, começou a usar um isqueiro Zippo juntamente com velas e tochas. Agora seu nome é sinônimo de arte conceitual feita com fuligem – e fogo.

Apesar de parecer algo extremo, as obras de Spazuk são extraordinariamente delicadas e criadas de maneira incrível. Steven controla os detalhes sutis na tela e o resultado final é algo completamente único. Ele explica: “A chama sempre reage ao deslocamento do ar, então eu não consigo controlá-la. No entanto, eu posso orientar o meu isqueiro e a fuligem para criar mais ou menos a forma que eu quero. As vezes, eu apenas deixo a chama fazer o trabalho dela e daí surgem formas mágicas”.

Ele também usa penas e pincéis para terminar as peças, mas a ferramentas mais importante para Spazuk é o fogo. Ele diz: “A chama é algo que realmente inspira a minha arte, e o isqueiro sempre é parte da minha caixa de ferramentas. A ideia de ter as imagens provenientes do isqueiro vieram a mim muito rapidamente, e eu queria mostrar que a beleza pode emanar deste objeto icônico.”

A equipe da Zippo visitou Steven Spazuk em seu estúdio em Montreal para filmar o artista e o seu trabalho. No vídeo recém-lançado em parceria, Spazuk explica sua abordagem, assim conseguimos ter uma visão incrível de seu processo:

Naturalmente, mesmo que Spazuk seja bem treinado, ele conta que trabalhar com chama pode ser complicado ( E perigoso! Ele diz: “não tente isto em casa”). “A diferença entre um grande desenho feito com fogo e um mau desenho é uma questão de segundos. Você precisa entender quando parar – é um instinto artístico”.

Apesar do fogo geralmente ser visto como uma força destrutiva, Spazuk vê as coisas de forma diferente. “O fogo é uma grande metáfora para os seres humanos”, diz ele. “Com o fogo, somos capazes de ter poder, calor e energia, mas também somos capazes da destruição.”

“O desenho com fogo capta infinitos momentos e me dá alegria. A própria chama é um símbolo da história – um meio indomável e imprevisível que fascinou os humanos durante séculos. O processo é fascinante! Cada cintilação de uma chama ou fagulha tem uma história diferente.”