Stephanny Lotus fotógrafas brasileiras
Art Attack

4 jovens fotógrafas brasileiras que você precisa conhecer

Você já ouviu falar da aLagarta? A revista colaborativa, que nasceu em 2010 com uma proposta inovadora no Brasil, tem foco na liberdade criativa. O formato digital contribuiu para expandir fronteiras e o projeto, que começou entre amigos, passou a receber colaborações de artistas de vários cantos do país e também do mundo.

Ao todo, são 20 edições publicadas ao longo de 5 anos. A revista é uma eterna mutante, tem vida própria e vira borboleta toda vez que lança uma nova edição. Como fãs desse tipo de iniciativa e de trabalhos autorais, convidamos Carol Lancelloti, fundadora e co-diretora criativa d’aLagarta para nos apresentar algumas de suas inspirações.

Carol traz hoje, quatro jovens fotógrafas brasileiras para ficar de olho:

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Ao criar uma emag independente lá em 2010, minha intenção não era a minha expressão artística individual, mas também abrir espaço pra outros criativos. Afinal, quando se é independente, freelancer, ou se está começando, experimentar através da liberdade criativa é fundamental – e ter onde mostrar seu trabalho, também! Através d’aLagarta, tive a oportunidade de conhecer e compartilhar o trabalho de muita gente bacana. Mas não só isso: tive a oportunidade de co-criar com algumas dessas pessoas, o que torna tudo ainda mais especial. E se tratando de fotografia, algumas mulheres são muito queridas e têm a minha admiração.

Sendo eu também fotógrafa, descobrir, incentivar e compartilhar o trabalho delas é muito gratificante. Então, anota aí alguns nomes que você, amante da arte da fotografia ou apenas entusiasta, precisa conhecer!

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1 – Bruna Valença

Bruna é uma fotógrafa e videomaker de Recife que mantém um estilo muito particular e quase antagônico à sua cidade natal: fã do analógico, ela gosta de brincar com cores frias, locações encantadas, preto e branco e muitas sombras. Observar seu trabalho é como entrar num sonho mas, ao mesmo tempo, seu olhar traz um lado muito real e transparente das pessoas que fotografa. Seus portraits são singulares.

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É uma das fotógrafas quer mais me surpreende quando envia material pra aLagarta porque além de ser muito flexível e versátil (o trabalho de Bruna funciona em praticamente qualquer temática), ela sempre inova e experimenta, sem medo. Prova disso foi o editorial, que Bruna clicou para a edição #20, que comemorou os 150 anos de Alice no País das Maravilhas.

2 – Géssica Hage

Géssica mora no Rio, mas seu olhar é universal. Suas fotos me conquistaram de cara, o que a fez uma colaboradora assídua da revista. Atualmente, a fotógrafa passa uma temporada em Londres e é uma delícia acompanhar seu trabalho evoluindo e se adaptando a novos horizontes, a cada viagem que faz pelo Velho Continente. O curioso ao analisar suas fotos é que transparecem uma maturidade de quem já tem uma longa estrada. Ainda assim, Géssica é uma menina de vinte e poucos anos. Entre os meus editoriais favoritos que ela já clicou pra gente, está o Star Dust.

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Outra característica que adoro em Géssica é sua mente-aberta e capacidade de co-criar. Juntas, já desenvolvemos diversos conceitos e inclusive fotografamos um editorial em dupla, na minha última visita à Londres, que estará presente na edição 21 da aLagarta (a primeira impressa!) – que está em crowdfunding e você pode ajudar!

3 – Maíra Moares

Conheci o trabalho de Maíra Moraes através de uma grande amiga de Brasília, que modelou pra fotógrafa em um campo lindíssimo de girassóis! Essas fotos aparecem na edição Amarela d’aLagarta e são simplesmente encantadoras.

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Maíra gosta de fotografar nus femininos e desenvolveu um estilo inconfundível. Ela capta as meninas em ambientes onde se sentem livres e em casa, e por isso o resultado é tão original e sincero. Muito antes do nu feminino se tornar corriqueiro na internet, Maíra já trazia essa proposta de mostrar a mulher real, sem Photoshop ou timidez. Cada modelo traz um novo universo e dá vontade de ficar horas admirando os cliques.

4 – Stephanny Lotus

Se o trabalho de Stephanny fosse um som, acho que seria uma mistura de Sigur Rós com Bjork, com um toque de Joanna Newsom. Seus retratos são lúdicos, surreais e parecem feitos em outra dimensão.

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Foi seu projeto com insetos, que a fotógrafa coleta e guarda depois que morrem, que me chamou a atenção e rendeu o convite para sua colaboração pra aLagarta #20, representando, claro, a lagarta azul do livro Alice.

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Além dos bugs, Stephanny curte experimentar com sobreposições e muitas cores. Um encanto só!

*Para o FTC, apoiar trabalhos autorais independentes faz muito sentido. E foi pensando justamente nisso que nos unimos com aLagarta para criar este post. A e-mag também traz ótimas matérias em seu site sobre inspirações, decor, literatura, sustentabilidade, viagens e mais. 

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