As profissionais da Oliva Arquitetura explicam como deixar a decoração ainda mais estilosa por meio da aplicação de cores vibrantes
Quando se fala em cores fortes e vibrantes na decoração de interiores, vem à tona também a preocupação sobre exageros ou possíveis erros na combinação. As dúvidas são, de fato, pertinentes: ‘é possível combinar cores diversas sem sobrecarregar o ambiente ou o melhor é praticar o tom sobre tom?’; ‘tons escuros sempre diminuem os cômodos?’.
Para tornar a escolha mais simples e deixar de lado o medo de errar, as especialistas do escritório Oliva Arquitetura preparam cinco dicas de como montar uma paleta divertida e colorida até para aqueles com predileção mais próxima ao estilo neutro.
A verdade é que não existe uma regra rígida para orientar o processo. “O primeiro passo é entender que as cores nos despertam sensações, conforme é explicado pela psicologia das cores. Por isso, na hora da seleção para o projeto, sempre buscamos o significado de cada uma delas. O caminho é optar por aquelas que fazem sentido com a intenção do morador para com o cômodo, aliado ao gosto pessoal”, explica a arquiteta Fernanda Mendonça, sócia do Oliva Arquitetura ao lado de Bianca Atalla. Confira e perca de vez o medo das cores!
1. Busque inspirações
A primeira dica das arquitetas é simples: busque referências de décor de interiores em revistas, sites e redes sociais. Com as pesquisas, o morador passa a compreender melhor suas preferências e perderá o medo de trazê-las para a morada, uma vez que nada fica cansativo ou exagerado quando as misturas são avaliadas.
“Antes de começar a executar, sempre orientamos nossos clientes a testarem esse mix de cores nos ambientes. Só assim teremos a real dimensão da resposta sensitiva que elas nos trarão. Se logo de cara já provocou o incômodo, o melhor é não insistir e trabalhar outras vertentes”, aconselha a também arquiteta Bianca.
2. Comece aos poucos
Para quem está inseguro, a parcimônia é o conselho das especialistas. Dessa forma, uma opção mais confortável é optar por móveis ou objetos mais simples (e menos onerosos) para renovar, pintar, ou até mesmo substituir caso o morador se canse da cor.
“É mais tranquilo testar com almofadas, mantas e estofados de cadeiras, por exemplo. Itens pesados, tanto visualmente quanto financeiramente, como armários de cozinha ou sofás muito coloridos, só funcionam de imediato para quem já está muito certo da decisão que tomou”, orienta Fernanda. Com isso, é possível mudar completamente a decoração promovendo pequenas trocas e ajustes.
3. Como dosar as cores
Para dosar o uso de cores e não correr o risco de exagerar, Bianca recomenda que em dormitórios e ambientes onde a tranquilidade e o relaxamento sejam as percepções almejadas, tons mais claros se façam presentes. “Ou seja, nuances de bege, cinza e azul são cores constantemente relacionadas a esse sentimento de calmaria. Nesse ínterim, vale também apostar no toque escuro como detalhes pontuais do décor”, exemplifica a profissional.
Por outro lado, se a intenção for estimular o cérebro, o vermelho, pontuado como cor primária, e o laranja, secundário, em função da combinação do vermelho e do amarelo, são exemplos interessantes para estarem em uma área social. Com o intuito de trazer mais descontração ao ambiente, a dica é mesclar, seja por meio da aplicação do ton sur ton, ou através das cores análogas.
4. Como inserir as cores em estilos neutros e clássicos?
“É possível combinar as cores fortes em todos os estilos de decoração”, afirma Bianca. No clássico ou neutro, ela e Fernanda apostam na execução de gradientes da mesma cor – uma forma de não perder a sobriedade e não descaracterizar a atmosfera e a essência desses perfis de décor.
“A variação de um mesmo tom constrói harmonia e mantém a proposta mais discreta. Isso prova que cores marcantes podem marcar presença ainda que a descontração não esteja no contexto”, discorre Fernanda.
5. Cores escuras em apês pequenos. Funciona?
Ambientes compostos, em sua maioria, por móveis e elementos de cores claras acabam por transmitir a sensação de amplitude, mas isso não significa que necessariamente sejam premissas para projetos de apês pequenos. “Empregando outros recursos, como móveis contínuos ou integrados e trabalhando bem o jogo entre a iluminação natural e artificial, é perfeitamente possível sim aplicar cores mais escuras e fortes e, ainda assim, desfrutar de uma ambiência boa e não claustrofóbica”, finaliza Fernanda.