Art Attack

A Copa do Mundo nas ruas paulistanas, flagrada pelas lentes do SelvaSP

selva0

Segundo João do Rio, no seu livro A Alma Encantadora das Ruas: “Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e contar; ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia, à noite; meter-se nas rodas da populacha, admirar o menino da gaitinha ali à esquina, seguir com os garotos o lutador do Cassino vestido de turco, gozar nas praças os ajuntamentos defronte das lanternas mágicas, conversar com os cantores de modinha da Saúde depois de ter ouvido, diletante de casaca, aplaudirem o maior tenor do lírico numa ópera velha e má; é ver os bonecos pintados a giz nos muros das casas, após ter acompanhado um pintor afamado até sua grande tela paga pelo Estado; é estar sem fazer nada e achar absolutamente necessário ir até um sítio lôbrego, para deixar de lá ir, levado pela primeira impressão, por um dito que faz sorrir, um perfil que interessa, um par jovem cujo riso de amor causa inveja”.

A flanagem, pois, está mais do que reestabelecida na ordem do dia com o genial SelvaSP, grupo de amigos fotógrafos apaixonados pela fotografia de rua, criado em 2012. A última dos caras, como não poderia deixar de ser, é um ensaio dos bastidores da Copa do Mundo.

As imagens retratam o evento sendo visto, comemorado e ignorado em São Paulo, tendo como protagonistas gente que nunca esteve nos holofotes do plim plim. Foi a Copa das ruas, nua e crua!

selva000000

selva00000

selva0000

selva000

selva00

selva1

selva2

selva3

selva4

selva5

selva6

selva7

selva8

selva9

selva10

selva11

selva13

selva14

selva15

selva16