Art Attack

As colagens surreais de Matthias Jung geram obras arquitetônicas impossíveis que desafiam a nossa percepção

Quando criança, o designer gráfico Matthias Jung costumava recortar e colar imagens para criar suas “casas surreais” no laboratório de fotografia do pai. Essa afinidade com a arquitetura cresceu junto com o alemão, que a partir de 2015 passou a trabalhar em suas séries de edificações imaginárias, quase sempre locadas em paisagens intocadas.

Baseado em fotografias de viagens, Matthias Jung cria efeitos impressionantes com o uso do Photoshop. O artista salienta que trabalhar com o programa na edição de imagens o possibilita “superar a realidade”, e que a grande vantagem que a tecnologia trouxe para o seu trabalho atual é que Se algo dá errado, é só clicar no botão de voltar”.

Uma de suas obras recentes, por exemplo, remete a uma colagem que Jung durante a infância. Eu amo ovelhas. Tê-las na cobertura simboliza uma reconciliação com a natureza, afirma o artista.

Ele manipula as imagens de modo a criar estruturas que têm grande impacto visual, misturando fantasia e realidade em composições que o artista chama de “pequenos poemas arquitetônicos”.

AS COLAGENS ARQUITETÔNICAS DE MATTHIAS JUNG FUNCIONAM COMO POEMAS VISUAIS

O alemão já lançou diferentes séries das suas obras arquitetônicas impossíveis, onde desafia as perspectivas que temos da arquitetura, inclusive quando adiciona elementos que “flutuam” em suas criações. Colagens são como sonhos, ou talvez os sonhos são como colagens, ele ressalta.

Uma curiosidade sobre a obra “Expedição ao Polo Leste” (abaixo), é que Matthias Jung relutou muito na criação dessa composição, e que parecia que nada estava funcionando até ele imaginar o corpo arquitetônico levitando. Ele então inseriu a imagem de um antigo aquecedor de chá de sua avó abaixo do edifício para dar a sensação de leveza enquanto ele paira no ar. O efeito final é surpreendente.

Para conhecer mais sobre o trabalho de Matthias Jung, acesse o seu site.

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