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Daiara Tukano: Artista indígena se destaca entre as exposições em São Paulo

Através de experimentações com as formas e a luz; inspirada pelas tradições e a espiritualidade de seu povo, Daiara Tukano inaugura mostra;

Daiara Tukano, ou Duhigô, da etnia Tukano – do Alto Rio Negro na amazônia brasileira, é artista, comunicadora independente, ativista dos direitos indígenas e pesquisadora em direitos humanos. Também foi coordenadora da Rádio Yandê, a 1ª web rádio indígena do Brasil.

Influenciada pelas tradições de seu povo, estuda a cultura, história e espiritualidade junto à sua família, especialmente sobre o Hori, que são as mirações produzidas pelo kahpi (ayahuasca). Através de experimentações com as formas e a luz, busca compreender a densidade de suas vibrações e evoca aspectos da existência que usualmente não se revelam ao olhar.

Sua obra tem ganhado destaque; Daiara expôs na última Bienal de SP, MASP, Museu da Língua Portuguesa, Museu Nacional da República, em Brasília, entre outros. Recentemente produziu pinturas inéditas para Amõ Numiã, sua 1ª mostra individual em uma galeria comercial, a Millan em São Paulo.

DAIARA TUKANO: AMÕ NUMIÃ

Intitulada Amõ Numiã, palavra no plural que se refere às mulheres criadoras, as primeiras mulheres, a exposição reúne obras criadas especialmente para a ocasião, além de trabalhos produzidos entre 2020 e 2022.

Um conjunto de oito telas verticais de grandes dimensões suspensas no espaço expositivo trazem os reconhecidos padrões e cores vibrantes do trabalho de Daiara. Elas representam mulheres gigantes, dançando ou segurando instrumentos e ferramentas.

“Essas figuras femininas têm histórias pouco contadas pelo nosso povo. Por isso, a presença delas no meu trabalho de procurar essas origens femininas da criação é muito importante”, diz.

Com abertura em 4 de fevereiro, até 11 de março de 2023, é possível conferir à luz e à cor que estão além da matéria. Na mostra também são apresentadas pinturas em nanquim, pinturas da série Hori — da 34ª Bienal de São Paulo, além de sua visão da transformação, do Universo e do pensamento.

Com uma prática artística múltipla, que atravessa linguagens como a performance, Daiara engrandece. Ela participou de ativações junto ao artista Jaider Esbell (falecido), na Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, SP; ganhou diversos prêmios e pintou o maior mural de arte urbana feito por uma artista indígena no mundo.

A empena, que possui mais de 1.000 m² no Edifício Levy, em Belo Horizonte, traz a imagem de uma mãe carregando o seu filho.

“Selva Mãe do Rio Menino”, Daiara Tukano para o CURA – Circuito Urbano de Arte 2020. Mural em empena de 1000m² na avenida Amazonas em Belo Horizonte, Minas Gerais;.

VAI LÁ: GALERIA MILLAN

Exposição Daiara Tukano: Amõ Numiã

Visitação: 04 de fevereiro a 11 de março de 2023;

De segunda a sexta, das 10h às 19h e sábados., das 11h às 15h.

A Millan fica na Rua Fradique Coutinho, 1416, Vila Madalena, São Paulo.

Saiba mais sobre Daiara Tukano em seu site e acompanhe seu trabalho no Instagram.

Imagens: Ana Pigosso

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