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Texturas, pigmentos e cera derretida: As paisagens coloridas de Dylan Gebbia-Richards desafiam nossa percepção de escala

Repletas de cores e texturas, as obras do artista americano Dylan Gebbia-Richards podem ser encaradas como um jogo entre a micro e a macro escala. Grandes em dimensão, as peças podem ser comparadas a corais e outras superfícies encontradas na natureza.

Aos 26 anos, o jovem nascido no estado de Connecticut faz uso de uma técnica inovadora. Ele combina cera e pigmentos na criação de exemplares que parecem ter surgido naturalmente nas superfícies aplicadas.

É interessante ressaltar que o artista tenta intervir minimamente no percurso natural da cera quando derretida, o que confere um aspecto ainda mais orgânico ao seu trabalho. “Eu permito que a força que age sobre todos os fenômenos naturais esculpam a estrutura das minhas pinturas”, ele afirma.

E como podemos notar, apesar do aspecto escultural de seu trabalho, o próprio costuma chamar suas peças de pinturas. O americano começou cedo sua carreira artística. Entre exposições solo e coletivas, já exibiu suas criações mais de 25 vezes. A primeira vez no ano de 2014.

Uma das suas mostras, intitulada Echo, foi exibida em 2017. O título faz referência ao som que ecoa repetidamente em superfícies com alta capacidade de reflexão do som. Nessa exibição o autor tenta recriar a sensação de eco de maneira visual, através de painéis em formato de elipse.

A obra foi construída in loco ao longo de dois meses e meio. Nas três primeiras semanas os painéis que serviram de base para o projeto foram instalados, e nas semanas seguintes Dylan utilizou em torno de 1.800 kg de cera na criação da instalação.

Essa quantidade de cera foi suficiente para absorver o som e o eco do espaço. Essa ação foi intencional no sentido de reduzir os estímulos auditivos do espaço e destacar o impacto visual gerado pelas paisagens artificiais.

É uma característica do trabalho do americano a intenção de extrapolar o espaço da tela e gerar a sensação de algo muito maior, mesmo em suas peças menores.

Algumas de suas obras parecem surgir de erupções vulcânicas, e essa sensação é intencional segundo o autor. Inclusive sobre o processo de produção, ele afirma que “se interessa pela qualidade produzida pelas marcas da cera derretida, especialmente nos padrões caóticos resultantes dos respingos no papel sob o qual ela escorre”.

A construção dos seus exemplares surge da separação da cera derretida dos seus respingos, e são as interações espontâneas entre a cera e diversos pigmentos que criam as diversas camadas características dos trabalhos de Dylan.

Atualmente ele apresenta a exposiçãoSign of a Mirage”, na cidade de Houston, no Texas. A exposição acontece na galeria Laura Rathe Fine Art até o mês de novembro de 2018.

 

Este vídeo foi publicado no perfil de Dylan no Instagram e apresenta uma das peças atualmente expostas na mostra “Sign of a Mirage”, na Galeria Laura Rathe Fine Art na cidade de Houston, nos Estados Unidos.

Acesse o site do autor para conhecer mais detalhes sobre o lindo trabalho artístico de Dylan Gebbia-Richards.

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