O autor do quadro “O Grito” é celebrado com projeto de digitalização de obras que permitem conhecer melhor o seu trabalho.
Esboço de ‘O Grito’ cabeça e braços levantados. Pincel, giz verde. 1898 (plausível).
Prepare-se para fazer igual ao icônico quadro “O Grito”. O Museu Munch de Oslo (Munchmuseet), na Noruega, disponibilizou online mais de 7.000 desenhos do pintor conterrâneo Edvard Munch. Graças a internet, qualquer pessoa agora pode ter acesso a suas obras e ainda fica melhor, as imagens são de domínio público, ou seja, podem ser livremente utilizadas para qualquer fim.
O projeto de digitalizar esses trabalhos levou três anos para ficar pronto e se concretizou em um catálogo raisonné, que reúne todas as obras conhecidas de um artista. Os desenhos são datados de 1873 a 1943, desde quando Munch era um garoto, até um ano antes de seu falecimento. Quase 90% dos arquivos digitalizados pertencem ao museu, mas há também alguns outros itens de coleções públicas e privadas. “Ele desenhava incessantemente e quase em qualquer lugar”, disse Stein Olav Henrichsen, diretor do Museu Munch ao site The Art Newspaper.
Para ele, era muito importante que as obras fossem 100% públicas, pois isso permitiria um mergulho profundo no processo criativo do artista. Já Philip Hook, especialista em arte Impressionista e Moderna no Sotheby, diz que a fama mundial de Munch recai sob uma única peça e que abrir o acesso a trabalhos menos conhecidos é importante para uma maior compreensão desse artista memorável.
MUNCH, UM ARTISTA MEMORÁVEL
Anotações e desenho do interior de uma farmácia. 1875-1876.
Usuários podem baixar também alguns desenhos que são estudos para as obras de Munch, incluindo para o famoso quadro “O Grito”. Outros arquivos tratam de temas mais leves como garotos esquiando, meninas aguando plantas e cachorros. Algumas paisagens marcantes de Oslo também estão entre os esboços, como a Igreja Old Aker e o Grand Café.
O projeto de digitalização das obras de Munch deve ter continuidade e incluir outros formatos além de desenhos. A Fundação Bergesen, uma das maiores organizações filantrópicas da Noruega é umas das financiadoras do projeto, sendo que sua contribuição para que as obras fossem digitalizadas chegou a algo em torno de 2,8 milhões de dólares.
Interior com garota. Pássaro. Aquarela e caneta. 1874.
Praia. Aquarela e lápis. 1940-1942.
Sob a árvore de castanha. Guache. 1937.
COMO ACESSAR?
Para estudar, baixar, visualizar e se encantar com a mente e obras de Munch, basta acessar o site do Museu.
Se você curte o artista, aqui, escrevemos um artigo bem interessante sobre ‘O Grito’ e outras obras e como Edvard Munch já expressava as ansiedades do mundo moderno em suas pinturas.