Por Ligia Fascioni.
Lígia Fascioni foi engenheira eletricista na área de automação industrial por 12 anos até que caiu de amores pelo design. Publicou 4 livros sobre design e atitude profissional e atua como professora convidada em cursos de pós-graduação, além de ser palestrante e consultora. Mora em Berlim desde 2011 e morre de saudades de seus 4 gatos que ficaram no Brasil. É fã do Follow the Colours desde criancinha…
Quando a Carol me convidou para postar aqui, fiquei muito, muito feliz; esse é um dos meus blogs favoritos e nunca pensei que um dia fosse ter essa honra. Pois aqui estou, pensando em alguma coisa colorida o suficiente para participar dessa festa.
Aí pensei em Prenzlauerberg. Desde que fui morar em Berlim, no ano passado, tenho descoberto coisas incríveis sobre essa cidade que eu nem sonhava ser tão colorida. O povo sempre cita as coisas bacanas, porém óbvias (o Portão de Brandemburgo, o Parlamento, a Catedral, a Ilha dos Museus, o Tiergarten) porque é o que dá para ver nos poucos dias de viagem que a maioria das pessoas dispõe. Mas se você tiver um pouquinho mais de tempo, e principalmente se for na primavera ou no verão, reserve uns dias para perambular por esse bairro que já foi famoso por abrigar intelectuais da antiga Berlim Oriental e hoje virou o lugar da cidade com mais crianças e mulheres grávidas da Alemanha. Vou me abster de falar sobre os domingos à tarde no Mauerpark, com seu mercado de pulgas gigante e seu famoso karaokê ao ar livre e me concentrar no tema desse blog: as cores. Prenzalauerberg na primavera é de uma beleza e uma poesia únicas. Os cafés todos usam móveis reciclados nas calçadas e enchem a vida das pessoas de flores. Veja você mesmo e me diga: tem como não amar?