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A artista libanesa Helen Zughaib quebra os estereótipos da cultura árabe através de suas pinturas ultracoloridas

Helen Zughaib é uma pintora libanesa-americana que vive atualmente na cidade de Washington, capital dos Estados Unidos. Seu trabalho apresenta uma grande diversidade de cores, e por trás delas há importantes mensagens sobre tolerância e respeito.

Aos 60 anos de idade, a artistaviveu muitas experiências que refletiram nas temáticas aplicadas em suas obras.  Ela nasceu no Líbano e viveu no Oriente Médio e na Europa antes de se mudar para Nova York, onde se tornou bacharel em Belas Artes pela Faculdade de Artes Visuais e Performáticas na Universidade de Syracuse.

“Desde que foi forçada a deixar o Líbano com apenas 16 anos, quando a guerra civil irrompeu em seu país de origem, a artista Helen Zughaib está acostumada a se adaptar a novos países, segundo o WePresent.

As diversas mudanças, porém, são encaradas como positivas pela libanesa, sobretudo pelo contato que elas proporcionaram com diferentes pessoas e culturas: “Você meio que cria uma nova pele quando deixa o conforto do seu entorno e mergulha em um novo“, ela diz. E acrescenta: Deixar tudo para trás força você a se recriar e a mergulhar no novo ambiente para encontrar o caminho de novo”.

O INÍCIO

Fazendo uso de toda a carga emocional proveniente de sua origem, suas representações da cultura do Oriente Médio surgiram após os ataques do 11 de setembro de 2001, com a intenção de quebrar os estigmas da cultura árabe que se intensificaram naquele período.

A escolha por formas simples e personagens estilizados agrega uma universalidade às suas pinturas, capaz de gerar identificação com qualquer pessoa que as observa: “Ela constrói sua pintura como um mosaico, peça por peça, segundo o site VHMOR.

Helen enxerga a simplicidade de seus traços como um fator que atrai os olhares do espectador, que depois de atraído poderá ter contato com a mensagem que ela quer transmitir: Acredito que as pessoas respondem à beleza, ela diz. “Mesmo que o que eu descrevo seja difícil de falar ou difícil de enfrentar. Se eu criei uma pintura que você acha linda, você está olhando para ela, e isso já é um ótimo começo, complementa.

HELEN ZUGHAIB E OS REFUGIADOS

Mais recentemente, Zughaib voltou sua atenção à situação dos refugiados, tema que tem se tornado recorrente em todo o mundo. Para tal, ela se inspirou nas obras da série Migração, do pintor afro-americano Jacob Lawrence, de 1941, que retratam o deslocamento de milhões de pessoas negras do sul para o norte dos Estados Unidos no início do século XX.

Segundo o site Qantara.de, apesar da recusa de Zughaib em aceitar o rótulo de “artista política”, ela não se esquiva de discutir a importância de humanizar revoltas e lutas políticas árabes. “Encontrar a humanidade compartilhada, mesmo nos tempos mais difíceis, cria uma arte mais compassiva, eu acho”, diz a libanesa.

“A arte pode criar emoções e estimular a compaixão e as formas de ver da perspectiva de outra pessoa. Eu acho que ela nos une. Cria esse espaço para a compreensão, para o diálogo e, portanto, toda emoção importante, complementa Helen.

Sua intenção de atrair os olhares com cores fortes para falar sobre a situação dos refugiados se mantém na série atual: “Isso é ecoado em sua escolha de paleta de cores na série ‘Migração da Síria’, que processa momentos de puro terror em cores vibrantes e brilhantes, segundo o WePresent.

A obra de Helen Zughaib preenche a lacuna cultural e intelectual instaurada entre o Oriente e o Ocidente. Quando perguntada sobre como o papel de sua arte, ela diz: “Eu acho que a arte é onde a política e os políticos não podem ir. Eu acho que a arte pode tornar visível o invisível e dar voz aos sem voz”.

Para conhecer mais detalhes sobre Helen Zughaib e suas pinturas, acesse o site da artista.

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