A publicação sobre Maria Mitchell exalta todas as conquistas de uma mulher, que foi a primeira a se tornar uma astrônoma profissional
Um novo livro lançado por Hayley Barret e ilustrado por Diana Sudyka celebra o trabalho da astrônoma do século XIX Maria Mitchell. A publicação é uma homenagem aos feitos de Mitchell, que foi a primeira mulher norte-americana a se tornar uma astrônoma profissionalmente e seu nome entrou para a história.
Maria Mitchell foi professora da escola Vassar College, que na época não era uma instituição de ensino mista, mas apenas para mulheres. Um de seus feitos enquanto lecionava foi lutar por direitos iguais. Assim, ela conquistou o direito de receber o mesmo salário que seus colegas professores homens recebiam.
Em 1847, com a ajuda de um telescópio, a astrônoma descobriu um cometa ‘telescópico’, muito distante para ser visto a olho nu. Após a descoberta incrível, o cometa foi nomeado em homenagem à Mitchell e ela foi premiada com uma medalha de ouro dada pelo rei da Dinamarca devido à sua conquista e estudos.
O livro ‘O que a senhorita Mitchell viu’ (What Miss Mitchell Saw) conta a história da vida de Maria Mitchell e é voltado para o público juvenil. As ilustrações são cheias de estrelas, formas celestiais e padrões comuns da astronomia. A publicação também celebra o fato de que ela usou de sua fama internacional como cientista para lutar a favor dos direitos das mulheres e pela abolição.
“Eu fiquei imediatamente encantada com a beleza da escrita de Hayley Barret e seu profundo respeito por Maria Mitchell era muito aparente”, disse a ilustradora Diana Sudyka. Ela continua: “Também pesou muito para mim o fato de ser um livro a respeito de uma mulher cientista que conquistou reconhecimento e respeito anos atrás”.
Sudyka confessou que antes do projeto não tinha muito conhecimento a respeito de Maria Mitchell. Aos poucos, foi pesquisando e entendeu como a cultura da região de Nantucket, onde nasceu e a religião Quaker moldaram o caráter e ponto de vista da astrônoma no passado. Hoje a cidade de Nantucket possui o Loines Observatory, o observatório Maria Mitchell, em sua homenagem.
Tinta indiana, guache, aquarela e uma mistura de índigo foram os principais materiais usados nas ilustrações do livro feitas por Sudyka. Todos os desenhos foram feitos à mão e com as cores intensas dos materiais escolhidos pela artista, que depois utilizou algumas técnicas digitais para chegar ao resultado final desejado.
Além de trabalhar como ilustradora de livros infantis, Diana Sudyka atuou como voluntária no Museu Field de História Natural, em Chicago, por mais de uma década. Assim, ela nutre um interesse muito grande por ciência e história natural, sendo a pessoa perfeita para ilustrar um livro sobre uma mulher pioneira no campo científico.
Para saber mais sobre seu trabalho, visite seu Instagram. Já o livro ‘O que a senhorita Mitchell viu’ está disponível em inglês na Amazon.