Material, considerado o futuro da construção civil, é utilizado na estrutura de empreendimentos inovadores
T3 – Mineápolis – EUA. Arquitetura: Michael Green Architects | Projeto de 2016
A tecnologia é tendência mundial e pode ser utilizada em empreendimentos de diferentes perfis, além de reduzir drasticamente as emissões de carbono e dar uma nova perspectiva para o futuro. Estamos falando dos prédios em madeira que são mais leves, esquentam menos no calor, causam menos transtorno na construção civil e emitem menos carbono.
A boa novidade é que o 1º prédio com estrutura de madeira do Brasil está sendo construído em São Paulo pela Amata (empresa florestal brasileira entusiasta do manejo sustentável) e deve ser entregue ainda em 2020. O edifício fica na zona oeste da cidade e terá 3 andares utilizando essa tendência arquitetônica que já é realidade em várias partes do mundo há muito tempo.
Por trás desses empreendimentos está a madeira engenheirada, que utiliza diferentes técnicas industriais que juntam várias camadas (como a colagem) em uma placa única de madeira, além de receberem a adição de químicos de controle de umidade e afins.
O resultado é uma chapa pré-fabricada personalizada nas medidas encomendadas para ser “encaixada” na obra, o que acelera a construção. A Amata, logo implantará uma fábrica com alta performance para a produção da madeira engenheirada, com previsão de inauguração em 2022, para facilitar o método de produção no país.
T3 – Mineápolis – EUA. Arquitetura: Michael Green Architects | Projeto de 2016
A MADEIRA ENGENHEIRADA
No mundo, a madeira engenheirada está em escolas, hospitais, museus, prédios comerciais e residenciais. O crescimento da utilização desse material se deve a uma série de benefícios que agrega às obras. O produto gera redução de prazos e custos, reduz a quantidade de resíduos, melhora o desempenho térmico do edifício, além de promover economia em fundações e revestimentos, já que pode ficar aparente.
Centro de Design e Inovação – British Columbia – Canadá. Arquitetura: Michael Green Architects | Projeto de 2014
Moradia Estudantil – Marselha – França. Arquitetura: A+Architecture | Projeto de 2017
Outro ganho importante é a captura de CO². Ao invés de emitir carbono durante sua produção, a madeira consome carbono. Para explicar, tomamos como exemplo um projeto desenvolvido no Canadá, com 18 pavimentos. Foram necessários 70 dias para construir estrutura e fachada, resultando na captura cerca de 2.400 toneladas de CO².
Do ponto de vista da arquitetura, a experiência sensorial do morador ou visitante da casa também muda. Não estamos falando de uma pousada, uma cabana, uma casa rústica. O prédio feito em madeira tem outro som, outra acústica, cheiro, são os prazeres que a madeira pode trazer.
Edifício Mjøstårnet – Brumunddal – Noruega (maior prédio de madeira do mundo). Arquitetura: Voll Arkitekter | Projeto de 2019