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Como surgiu a primeira fotografia colorida do mundo?

Você já parou para pensar quem tirou, onde e como surgiu a 1ª fotografia colorida do mundo? Então cola aqui que vamos te explicar!

Mas antes, temos que tecer alguns comentários sobre o físico escocês James Clerk Maxwell. Graças aos seus estudos e curiosidade em interesses múltiplos, ele contribuiu não só para a fotografia, como para a ciência e teorias modernas de cientistas como Einstein.

James Clerk Maxwell foi um físico escocês conhecido por criar a teoria do campo eletromagnético. Embora acidentalmente, Maxwell foi o responsável por capturar também a 1ª fotografia a cores do mundo. 

Em meados de 1800, Maxwell se debruçou em estudos sobre magnetismo, na composição dos anéis de Saturno e na formulação de equações que levaram a teoria da relatividade (Einstein agradece!). Graças a isso, ficou conhecido por unificar as observações sobre eletricidade, magnetismo e luz para a teoria clássica do eletromagnetismo.

Maxwell tinha também como paixão a poesia britânica, a qual se aventurou em escrever alguns versos. Fascinado pelas cores e como o olho humano as captava, acabou por fazer em casa uma “caixa de cor” com 8 pés de madeira, que permitia a mistura de três cores primárias para criar outras matizes. Tudo isso veio de seu deslumbramento pelos diferentes tons do arco-íris e sua tentativa de teorizar e recria-los em diferentes combinações de luz vermelha, verde e azul. 

O encantamento era tanto que os vizinhos achavam que ele estava louco por passar tantas horas olhando uma caixa no sótão. Porém, essa teoria serviu de método para o que futuramente viria a ser a primeira fotografia em cores e seu método de três cores influência até hoje, o que chamamos de tecnologia RGB (que é inspirada nele).

Mas voltemos a sua experiência sobre a fotografia! 

“Ao tirar uma série de fotografias em preto e branco através de filtros verdes, azuis violeta e vermelhos, pode-se projetar três imagens separadas simultaneamente em uma tela e acabar com uma imagem com todo o espectro de cores” – Maxwell percebeu essa hipótese para fornecer um método para criar as imagens em cores.

As fotografias seriam feitas usando placas de vidro revestidas com uma emulsão sensível à luz, que serviriam como o meio fotográfico primário antes do filmePara continuar sua pesquisa sobre a percepção e a visão humana, o cientista acabou indo parar na King’s College de Londres, pioneira nos estudos sobre fotos. Para tornar a sua teoria realidade, Maxwell teve que contar com a ajuda de um fotógrafo profissional.

Foi aí que surgiu Thomas Sutton, professor de fotografia da King’s. Com a supervisão de Maxwell, Sutton criou três exposições de um mesmo objeto através de filtros vermelhos, verdes e violetas azuis. Juntos, eles selecionaram então uma fita crepe como tema. Na verdade, não era uma fotografia colorida no sentido moderno como conhecemos, mas a imagem acima pode ser considerada a primeira fotografia a cores do mundo, capturada assim por eles. 

Em uma palestra na Royal Institution em maio de 1861, Maxwell usou a projeção para ilustrar suas teorias, conseguiu provar seu ponto e não fez nenhum esforço para mostrar a tecnologia. Seu interesse não era na fotografia em si, mas nas qualidades da visão humana.

A FOTOGRAFIA COLORIDA COMPLETA 150 ANOS

Demorou 30 anos para que alguém pegasse os tópicos do trabalho de Maxwell e os transformasse em resultados práticos. Só em 1907 que o filme colorido, o Autocromo, se tornou disponível no mercado; as cores eram baseadas em pontos tingidos de extrato de batata. O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935 baseado em três emulsões coloridas. Mas foi só na década de 1960 que os filmes negativos coloridos se popularizam.

Maxwell merece o crédito por ter inventado o método das três cores que é a base para praticamente todos os processos atuais de coloração de imagens, sejam químicos ou eletrônicos. Seus estudos também serviram como inspiração para inúmeros experimentos e contribuíram de fato para o que a fotografia se tornar o que conhecemos hoje! 

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