Rust Miner: Marca brasileira de acessórios ganha destaque por trabalho com objetos garimpados e transformação de resíduos

acessórios downcycling Rust Miner

Acessórios cheios de estilo são criados pela Rust Miner por meio de técnicas que reaproveitam e transformam materiais. 

44 pequenas lâminas de câmara de ar de bicicleta cortadas a laser são unidas à mão e formam um coração incrível tridimensional, uma obra de arte da Rust Miner

Que a moda é uma arte da criatividade, isso nós já sabemos. E talvez exatamente por isso é que surgem cada vez mais iniciativas bacanas nesse meio. A moda não é apenas estética, mas é também uma ferramenta para se pensar a sociedade. Muitas vezes, ela é o reflexo de uma época.

Hoje em dia, a sustentabilidade é um tema do qual muito se tem falado e a indústria da moda – e quem a faz – não estão ficando de fora desse debate. Pelo contrário, é um dos meios que mais têm mostrado novas ideias e buscado mudanças. Principalmente entre pequenos produtores e designers, que trabalham de acordo com o conceito slow e valorizam trabalhos artesanais.

Foi com essa preocupação que surgiu a Rust Miner, no final de 2012. Criada por Raphael Fagiolo e Léo Begin, a marca catarinense foi concebida a partir de uma busca por algo que era difícil de encontrar no mercado naquela época: peças mais rústicas e que valorizassem o trabalho manual.

Colar unisex criado com cartucho de bala calibre 22 (colhido em stand de tiro esportivo) + cristal Swarovski Aurora boreal, de brilho prismado intenso

Desde o início, a vontade de ressignificar resíduos era algo presente. As primeiras peças da marca envolviam a técnica do Upcycling, que consiste em dar um novo uso para um objeto que já existe. Assim, cabos, correntes de bicicleta e sucatas variadas se transformaram nos pilares de acessórios exclusivos e cheios de estilo.

E esse olhar único que enxerga novas possibilidades em peças que seriam consideradas como lixo se relaciona totalmente com o nome escolhido para a marca. Rust Miner significa garimpeiro de sucatas. O nome também remete à busca por peças especiais e inovadoras, como uma caça ao tesouro, onde o que é mais valioso nem sempre tem o maior preço.

Colar com inspiração na estética Pós-Apocalíptica, criado com reaproveitamento de cordões, peças de ferro velho e com pedra bruta de cristal

Colar feito com cristal e câmara de ar de bike

Par de brincos – penas cortadas a mão,  feito com câmara de ar de bicicleta + cartucho calibre 22 (colhido em stand de tiro esportivo)

OS NOVOS CAMINHOS DA RUST MINER

Depois de um tempo de descanso, a Rust Miner voltou ao mercado com tudo e este ano lança uma nova coleção. “Regresso” tem como principal objetivo reaproveitar resíduos da indústria têxtil e por meio do Downcycling – onde o material é processado para dar origem a um novo produto – transforma retalhos de tecidos em pequenos montinhos que lembram uma miçanga.

Depois de passarem por uma triagem na qual os retalhos são separados por cor e triturados, eles são misturados à uma massa acrílica colorida e “regressam” na forma de acessórios variados. O resultado são brincos, colares e pulseiras delicadas que resgatam o valor do trabalho manual e carregam uma história de transformação e reaproveitamento.

As peças são compostas em 70% pelos retalhos e cada “bolinha” depois é transpassada por linhas na cor prateada, dispensando o uso de correntes e cordões de metais. Léo e Raphael acreditam que o Downcycling é uma ótima maneira de contribuir com o meio ambiente, já que a técnica pode permitir uma produção sem resíduos, que por sua vez não geram mais lixo sem destino.

Brinco Pêndulo criado com retalhos de tecido (70%) + resina acrílica+ linhas na cor prateada

Colar Pêndulo criado com retalhos de tecido (70%) + resina acrílica + cordão de linhas na cor prateada

Choker Planetário criado com retalho de tecido (70%) + resina acrílica + Corrente de metal na cor grafite

Colar Chuvisco criado com retalhos de tecido (70%) + resina acrílica + linhas na cor prateada

Em 2016, a Rust Miner foi convidada pelo Sebrae para representar o estado de Santa Catarina no espaço FFWShop da SPFW. Em 2017, a marca voltou ao evento, mas desta vez nas passarelas, assinando os acessórios do desfile da Ratier. Este ano, em abril, a Rust Miner lançou a sua volta ao mercado durante o Minas Trend, a maior feira de moda do país.

Gostou? Saiba mais e compre as peças da Rust Miner pelo site, Facebook ou Instagram da marca.

Por Mariana

Mariana é jornalista e comunicadora. Adora descobrir novos lugares, explorar a cidade a pé e andar sem pressa. Se interessa por viagem, cultura e tudo o que é novidade.