Lucky Tattoo: 10 curiosidades sobre o primeiro tatuador profissional no Brasil

lucky tattoo primeiro tatuador brasileiro

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A gente sempre traz no #tattoofriday, a seleção dos melhores estúdios, melhores tatuadores do Brasil e do mundo, além de entrevistas bacanas, curadoria de imagens para te inspirar e notícias relacionadas ao assunto. Mas você já parou para pensar a história por trás das tatuagens no Brasil?

Aqui neste post completo, falamos sobre 50 curiosidades interessantíssimas sobre o assunto. Tem MUITA coisa legal. Semana passada, apresentamos Maud Wagner, a primeira mulher reconhecida como tatuadora nos Estados Unidos. Mas hoje, vamos te inspirar com uma pessoa em especial: o dinamarquês Knud Harald Lucky Gregersen, mais conhecido como Lucky Tattoo, o primeiro tatuador profissional no Brasil.

Fomos um pouco mais a fundo em sua vida e descobrimos alguns fatos incríveis sobre ele. Confira:

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1- A arte ainda é muito recente no Brasil. A tatuagem (elétrica) surgiu só nos anos 60, no porto da cidade de Santos, e foi introduzida pelo dinamarquês Knud Harald Lucky Gregersen, o Lucky Tattoo. Knud nasceu em Copenhagem em 1928 e chegou em Santos em 20 de junho de 1959, apresentando-se como desenhista e pintor, trazendo a primeira máquina elétrica para o país;

2- Ao sair de casa aos 15 anos de idade, Lucky viajou pelo mundo, espalhando sua arte e técnica por vários países. Técnica herdada de seu pai, Jens Gregersen, artista e tatuador nos anos 30 e 40, que ficou famoso por tatuar o Rei da Dinamarca, Frederick IX, na metade do século passado, dentre várias outras personalidades;

3- Como pintor e tatuador, Lucky teve sua 1ª loja nas proximidades do cais (Rua João Otávio, transferindo seu ateliê logo depois para a General Câmara), onde na época era a zona de boemia e prostituição da cidade. Isto contribuiu bastante para os preconceitos e discriminação da atividade. Em seu estúdio, o movimento era intenso, com a circulação de marinheiros, imigrantes muitas vezes bêbados e envolvidos com drogas e prostitutas, gerando um estigma de arte marginal que perdurou por décadas;

4- Na porta de seu estúdio havia os dizeres: “It’s not a saylor if he hasn’t a tattoo.” (algo como: “Você não é um marinheiro se não tiver uma tatuagem”);

5- Knud logo ganhou fama ao tatuar pessoas das famílias de classe alta de Santos. Seu trabalho se tornou concorrido, afinal de contas, era o único na época a criar esse tipo de arte. Dos famosos que já “riscou” estão listados o surfista carioca José Artur Machado, Petit, o eterno “Menino do Rio” com seu dragão tatuado no braço, citado na canção de Caetano Veloso; Evandro Mesquita, que tem uma águia. Ele tatuava no fundo da loja e na frente vendia souvenirs, lembranças recolhidas nos 42 países que percorreu antes de se fixar no Brasil. Na época também, muitos caminhoneiros iam até o estúdio para marcar o corpo com imagens de Nossa Senhora Aparecida, Jesus Cristo e cruzes para proteção;

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6- Lucky viveu em São Paulo por mais de 20 anos, casou-se com uma brasileira, tiveram um casal de filhos (Erna e Frederick Gregersen). Depois que assaltaram sua loja em Santos, ele se mudou para Arraial do Cabo no Rio de Janeiro. Um ano depois faleceu, em 1983, no auge de sua carreira, com 55 anos, vítima de um ataque cardíaco. Deixou um legado imenso de sua arte;

7- Reconhecido como “o Pai da Tattoo” no Brasil, Lucky formou um clã de tatuadores na sua família. Seus herdeiros seguiram com o trabalho durante muito tempo ainda em Santos. Sua filha voltou à cidade e montou um ateliê nos fundos do restaurante Energia na Avenida Washington Luiz, 64. Erna, que adotou o nome brasileiro de Ana, já era tatuadora profissional aos 20 anos. Ana faleceu em 2008, mas também ficou conhecida como a primeira tatuadora profissional de todo o Litoral Paulista nos anos 80;

8- O dia 20 de junho ficou conhecido como “Dia do Tatuador’ em homenagem a Lucky Tattoo. Foi o dia em que ele chegou no Brasil;

9- Lucky contabilizou nada menos que 45.000 pessoas tatuadas em seus 30 anos de carreira artística, 24 deles em território brasileiro;

10- Hoje, mais de 30 anos após a morte de Lucky, quem cuida da relíquia da história da tatuagem no Brasil é o filho do mestre e também tatuador, George Frederik Gregersen, o Fred, de 46 anos. Uma das salas onde o dinamarquês trabalhava continua quase intacta. Na parede, fotos, desenhos e um quadro feito pelo próprio, mantém viva a memória daquele que inspirou tantos a seguirem a profissão no Brasil.

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Detalhe de máquina original de Jens Gregersen, pai de Knud Harald Lykke Gregersen, o Lucky Tattoo. (foto: Leandro Moraes/UOL)

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Fred Gregersen, filho de Lucky Tattoo, mantém viva parte da história da tatuagem no Brasil. No estúdio de seu pai (imagem acima, na Praia de Suarão, Itanhaém) e abaixo, a placa da loja, segurada pelo amigo Alemão;

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Via/Via/Via/Via.

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Por Carol T. Moré

Carol T. Moré é editora do FTC. Internet, café, todo tipo de arte, viagens e pequenos detalhes da vida a fazem feliz. Acredita que boas histórias e inspirações transformadas em pixels conectam pessoas.


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