FTCMag Gotas de Cor Tendência: Como as cores dos carros são definidas e quais delas fazem mais sucesso?
Gotas de Cor

Tendência: Como as cores dos carros são definidas e quais delas fazem mais sucesso?

As pesquisas de tendências focadas no mercado automobilístico surgem para influenciar os consumidores e definir detalhes em um automóvel. Elas são capazes de distanciar um veículo de sua concorrência. A cor certa, caso for bem pesquisada, complementa a modelagem e a forma de um carro e ainda ajuda a definir e reforçar a estratégia das marcas.

A cor de um Jeep Compass 2021, por exemplo, pode falar sobre a personalidade e o estilo de vida do proprietário. Por isso, é interessante você saber que a definição de cores nos fabricantes muda dependendo da mensagem que a marca quer passar com aquele modelo. Também, que um certo tom pode desvalorizar um carro no Brasil e que, ainda carros iguais e do mesmo ano, perdem valor de forma diferenciada apenas por causa de sua cor.

COMO AS CORES DOS CARROS SÃO DEFINIDAS?

A equipe de pesquisa acompanha as tendências globais de cor em todos os setores e não apenas no mercado de automóveis, incluindo design de interiores, moda, arquitetura, aeroespacial e industrial. A empresa responsável por definir isso integra estas tendências e como elas se relacionam com a indústria automobilística em novos desenhos de cor. O objetivo é interpretar a direção contemporânea das cores em todos os aspectos da vida para que as decisões feitas hoje reflitam ao longo da estrada por mais três anos. Isso significa que uma cor prevista para o lançamento do ano talvez faça bastante sucesso somente daqui alguns bons anos!

TENDÊNCIAS

Dados da PPG mostram que os consumidores consideram as cores dos carros uma característica muito importante no momento da compra, mas a maioria permanece conservadora. Sim, o preconceito no Brasil ainda é forte com cores diferentes.

Os dados globais em 2015 mostram que o branco foi a cor mais popular (35%), seguido por preto (17% e prata (12%). Destaques de tendências regionais dos dados de 2015:

  • Na América do Norte, o brancos continua o mais popular (23%), seguido por preto (19%), cinza (17%), prata (15%), vermelho (10%) e azul (8%).
  • Na América do Sul, o branco lidera em popularidade (36%), seguidos de prata (31%), preto (11%), cinza e vermelho (empatado em 9% cada) e azul (2,5%).
  • Na Europa, o branco permanece mais popular (31%), seguido por preto (18%), cinza (16%), prata (12%) e azul (9%).
  • Nos mercados da Ásia-Pacífico, o branco é o mais popular (44%), seguido por preto (16%), natural e prata (empatado em 10%) e cinza (7%).

 

QUAIS DELAS FAZEM MAIS SUCESSO?

É comum, aliás, que carros globais tenham cores diferentes em cada mercado. Se a ideia de levar para casa um carro roxo ou marrom é incômoda para alguns, trocar os nomes pode ajudar na assimilação e nas vendas. O marrom vira “Cinza Tellurium” para uma marca, enquanto o roxo é chamado de “Vermelho Edible Berries” por outra, por exemplo.

Como o desenvolvimento e a implantação de uma cor levam muito tempo, acrescentar novas opções na linha não é nada trivial, nem barato. É preciso fazer inúmeros testes – de durabilidade e até ambientais – e também preparar as concessionárias, pois as oficinas terão de estar prontas para fazer reparos de funilaria e pintura nos novos tons. É por isso que os carros em geral passam vários anos com mudanças mínimas na cartela de cores.

No Brasil, ainda que variações de branco, cinza e preto predominem, as montadoras têm notado uma abertura maior para outras cores. Dentre as “vivas”, a mais popular foi o vermelho, com 7% de participação e uma procura maior no segmento de veículos compactos e picape.

Uma grande tendência para cores dos carros nos próximos anos é o crescimento da participação dos carros azuis, atrelado principalmente à popularização dos veículos elétricos, e também de outros tons vivos e de cores capazes de variar de tonalidade de acordo com a incidência do Sol.

A procura pelos carros azuis foi incentivada também pela pandemia do novo coronavírus, com o consumidor deixando um pouco de lado o fator aceitação no mercado de usados fazendo com que a compra se concentrasse em seus desejos e prioridades.

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