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Veijo Rönkkönen: Por 50 anos, artista criou jardim de esculturas escondido nas florestas finlandesas

Foto de Ilkka Jukarainen, via Flickr

Veijo Rönkkönen foi um artista finlandês que nunca cursou nenhuma aula de arte na vida! Ele viveu entre o trabalho e a fazenda, onde morava, e aparentemente não gostava muito de conviver com as pessoas. (Talvez ele estaria preparado para nosso lockdown, certo?)

Conviver, conversar e ter muitas companhias não era seu foco mas observar as pessoas, ah!, aí estava um talento que ele tinha. Em 2010, quando o artista faleceu, descobriu-se que ele havia coberto sua fazenda com muitas esculturas (560) feitas por ele mesmo. Quase todas mostram pessoas de diversas etnias, religiões e faixas etárias fazendo atividades diversas, de yoga até brincadeiras.

O finlandês nasceu nos anos 40 na pequena cidade de Parikkala, na Finlândia, próxima da fronteira com a Rússia e aos 16 anos começou a trabalhar em uma fábrica de papel.

A história conta que sua 1ª escultura de concreto foi criada em 1961 e assim, elas foram feitas no terreno da casa em que morava com os pais ao longo da vida e nunca se mudou, tendo começado a comprar sacos de concreto e mudas de pés de maçã com seu primeiro salário. Foi a partir disso que seu fascinante jardim cresceu por 50 anos.

PARIKKALA PATSASPUISTO

A coleção do jardim de esculturas (Parikkala Patsaspuisto) de Rönkkönen conta com 255 obras que mostram flexíveis iogues somente. Dizem que ele mesmo praticou a atividade durante os anos 60. Veijo Rönkkönen certa vez, afirmou que o jardim era uma homenagem ao seu corpo quando jovem.

O efeito que a natureza trouxe é misterioso e intrigante – como se as esculturas pudessem voltar à vida, sacudindo as ervas daninhas e folhas, a qualquer momento. Fotos de Mika Soikkeli, via Flickr

Foto de Ilkka Jukarainen, via Flickr

O artista disse que o todo é um monumento erguido em memória de seu corpo jovem e discute sobre a dificuldade de conciliar os mundos físico e espiritual

Foto de Mika Soikkeli, via Flickr

Em 2007, três anos antes de sua morte, Veijo ganhou um Prêmio de arte bem importante da Finlândia (um prêmio multidisciplinar que é concedido anualmente), mas não foi buscá-lo por não querer sair de casa. Seu irmão pegou em seu nome.

Foto de Mike Ancient, via Flickr

Temas exóticos, animais, esculturas de plantas e pessoas de culturas estrangeiras criam uma atmosfera fascinante e irreal no local. Muitos dos trabalhos são auto-retratos disfarçados do artista. Foto de divulgação do Parikkala Patsaspuisto

Foto de Ilkka Jukarainen, via Flickr

Foto de divulgação do Parikkala Patsaspuisto

Veijo nunca concordou em mandar suas estátuas para exposições ou museus. Quando perguntavam sobre isso, ele comentava que “teria que falar com as estátuas”. Parece que elas sempre se recusaram, porque até hoje nenhuma delas se moveu.

Veijo Rönkkönen era conhecido como pessoa reservada. Fazer arte era sua maneira de se comunicar com o exterior. Ele não se atreveu a sair para o mundo, mas chamou o mundo para ele. 

Foto de Ilkka Jukarainen, via Flickr

Foto de Mike Ancient, via Flickr

Foto de divulgação do Parikkala Patsaspuisto

Hoje, a fazenda intacta é considerada o principal centro de arte popular contemporânea do país e, hoje, chega a receber até 30 mil visitantes ao ano. Um exótico museu ao céu aberto, no meio da floresta de Parikkala, quase tão surpreendente quanto a aurora boreal.

Alguns têm bocas cheias de dentes humanos reais, enquanto outros possuem alto-falantes dentro de seus corpos emitindo sons incompreensíveis. Outros estão cobertos de musgo ou agora brotam flores de seus estômagos. Fotos de Mike Ancient, via Flickr

Foto de divulgação do Parikkala Patsaspuisto

Aqui, um vídeo em que alguns turistas fizeram um tour pelo local: 

Veja o parque-jardim-casa do artista finlandês pelo Google Street View 

Para visitar fisicamente, acesse o site oficial do Parikkala Sculpture Park (em finlandês Parikkala Patsaspuisto). 

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