O artista audiovisual Neil Harbisson nasceu sem enxergar cor alguma. Parece triste, até descobrirmos que ele desenvolveu uma tecnologia exclusiva para ouvir as tonalidades do mundo. Tem coisa mais inspiradora do que seguir as cores pela “música” que elas fazem? A talk dele no TED deixou muitas pessoas inspiradas (veja abaixo). E agora, Neil é tema de um curta-metragem que explora a sua vida. Tudo isso porque em 2004, ele se tornou a primeira pessoa reconhecida como ciborgue por um governo. Isso mesmo, e ainda se tornou presidente da Fundação Cyborg.
Por ter nascido com acromatopsia, um distúrbio genético conhecido também como “cegueira de cores” – que deixa as pessoas completamente daltônicas vendo apenas em preto e branco – Harbisson abraçou completamente a tecnologia. Através de um dispositivo semelhante a uma antena implantada na parte de trás de sua cabeça, ele é capaz de compreender as cores ao seu redor ao ouvir sons distintos.
Esse seu olho eletrônico, chamado de eyeborg, é justamente o responsável por transformar as várias matizes em frequências audíveis. Em vez de ver o mundo em tons de cinza, Harbisson pode ouvi-las como uma sinfonia — e, sim, pode até mesmo ouvir rostos e pinturas coloridas.
Abertamente, ele refere a si mesmo como um ciborgue. “Eu não sinto que estou usando a tecnologia. Eu sinto que eu sou tecnologia “, explica. “Eu não sinto nenhuma diferença entre o software e meu cérebro.”
E é sobre isso que o filme Hearing Colors de Greg Brunkalla trata. O curta de cinco minutos foi filmado em preto e branco para o projeto Connected Series. O vídeo dá ao público a sensação de como Harbisson vê artificialmente, nos colocando em seu lugar e mostrando como Neil enxerga os seres humanos, a cidade e o seu cotidiano. O resultado final é realmente impressionante. Assista (em inglês):
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