Para continuar a série de posts sobre tatuadores que dominam determinados estilos, o assunto de hoje vai ser o pontilhismo, o conhecido dotwork. A técnica nasceu na França no século 19, e consiste em criar imagens usando apenas pequenos pontos.
A ideia veio do movimento impressionista e começou a aparecer nas tatuagens no início dos anos 1990 na Europa. As tattoos feitas dessa maneira podem demorar muito mais tempo para serem finalizadas do que um quando um desenho é feito com traços retos, já que é mais trabalhosa e exige bastante precisão.
Se você curte a estética do pontilhismo, fique ligado nos nomes abaixo. Temos certeza de que um deles é perfeito para fazer aquela tattoo que está na sua cabeça há algum tempo!
1) Gregorio Marangoni (São Paulo, SP): Gregorio Marangoni (26 anos) é designer de formação. O paranaense que mudou para São Paulo há alguns anos, dividia o tempo entre o estúdio de design Colletivo e a tatuagem, hobby que virou sua profissão há pouco menos de 2 anos. Fã de Thomas Hooper, maior especialista na técnica do pontilhismo, Gregorio tornou-se referência no Brasil com a mesma técnica.
2) Ricardo Braga (Curitiba, PR): Ricardo Braga gosta de desenhar desde que se entende por gente. Depois de um ano e meio, estudando e tatuando em casa, saiu da agência onde trabalhava para se dedicar somente a tatuagem. Hoje em Curitiba, Ricardo atende no estúdio Silence of Art, onde tem inspiração total para criar suas peças cheias de estilo baseadas no tradicional e no pontilhismo.
3) Jonathan Weldt (Jaraguá do Sul, SC): Formado em design gráfico, o tatuador Jonathan Weldt de Jaraguá do Sul, SC, diz que desde criança tem um olhar especial pro mundo artístico. Hoje o artista se orgulha muito de receber pessoas do Brasil inteiro em sua pequena cidade, que fazem questão de ter sua primeira arte na pele feita por ele. Com um estilo único, Jonathan mistura pontilhismo com linhas perfeitas e simetrias incríveis em tinta preta.
4) Matheus Dias (Belo Horizonte, MG): Matheus vai além da ilustração e do design e cria incríveis trabalhos na pele. Suas tattoos são descoladas, tem traços mais soltos e curvos, mas sempre são feitas com muito cuidado e detalhes. E é exatamente essa a graça que as deixa únicas e originais.
5) Boni Lucena (São Paulo, SP): Muito antes de pensar em ser tatuador, Boni Lucena dava duro no curso de enfermagem e trabalhava em hospitais. Foi em 2006 que resolveu começar a aprender sobre o assunto, e largou a vida na área da saúde para trabalhar em um famoso estúdio em Pinheiros, São Paulo. Com o passar dos anos, Boni evoluiu muito. É preciso, cria traços finos e sombras suaves, inspirado pelo estilo indiano, o Neo-Tradicional. Além disso, se aprofunda no pontilhismo, em geometrias, aquarelados e faz representações de animais e flores cada vez mais de maneira exclusiva.
6) Brian Gomes (São Paulo, SP): Brian Gomes, que é especializado em DotWork (pontilhismo) e tribal, busca resgatar na pele as vibrações da alma de cada cliente. Suas referências? O grafismo indígena brasileiro, geometria sagrada, mandalas, padronagens islâmicas e orientais. Você pode encontrá-lo na Ardhãm Tatuaria, próximo ao metro Paraíso em São Paulo.
7) Covil Tattoo (Juiz de Fora, MG): O estúdio em Juiz de Fora é formado por André Castanheira, Thiago Bartels, Frederico Rabelo e José Hansen. No final de 2012, os amigos se juntaram em uma garagem desativada no prédio de André para desenhar e trocar ideias. Lá, montaram um pequeno ateliê com uma mesa e algumas cadeiras, até que começaram a divulgar alguns flashes das tattoos que faziam. Soltaram no Facebook, muito dos amigos animaram e a procura pelo seu estilo continuou até que eles tiveram que sair do local para alugar um estúdio para tatuar. Hoje, ambos estão muito bem, obrigado, e tatuam clientes pelo Brasil inteiro.
8) Renato Leandro de Souza (São Paulo, SP): Esse paulistano de 28 anos de idade é tatuador e pintor. A geometria é o combustível de todos os seus trabalhos. “No universo, tudo é calculado e geometricamente perfeito”, justifica. Na pele, seu trabalho é feito em pontilhismo. Afinal, segundo ele, “somos pequenos pontos dentro da imensidão do universo. Um único ponto pode dizer e significar muito para a sua própria evolução”.
9) Rodrigo Tas (São Paulo, SP): Rodrigo Tas é tatuador, professor, ilustrador e designer. Tem um grande apego pelas artes gráficas e pela pintura. O caminho até a tatuagem foi bem longo e inusitado, até virar seu ofício principal. Sempre desenhou muito e desde muito cedo. Com 8 anos de idade, fazia personagens de quadrinhos e games da época. Com 14, devido ao forte contato com o skate, se inspirava nos grafites das pistas e das ruas da cidade de SP. Foi então que começou a criar seus personagens, letras na pele das pessoas. Dono de um estilo aquarelado, suas tattoos com pontilhismo não deixam a desejar a ninguém.
10) John Dois (Belo Horizonte, MG): Dentre os talentosos tatuadores brasileiros, há um nome mineiro: João Paulo Rodrigues, mais conhecido também como John Dois. João usa técnicas que vão de aquarela ao pontilhismo, com uma qualidade de trabalho que impressiona. Suas tatuagens têm traços delicados, porém firmes, e as cores adoram ultrapassar o contorno dos desenhos. A temática vai tanto de flora e fauna quanto assuntos náuticos e corpo humano.
11) Caco Menegaz (Curitiba, PR): O tatuador Caco Menegaz é outro nome que vem se destacando no Brasil. Ele trabalha num estúdio em Curitiba, chamado Silence of Art, e sua inspiração vem direto da cultura antiga da Índia, do Tibet e de países islâmicos. Mandalas são sua perfeição. Demais, não?
Gostaram das indicações? Queremos saber que estilo ou técnica vocês têm vontade de ver por aqui. Comentem!