London Design Festival abre suas portas para artistas e designers mostrarem seu trabalho

Heloísa Righetto é designer por formação, mas dedica-se a escrever sobre o assunto para sites, revistas e blogs no Brasil e no mundo. Mora em Londres desde 2008, trabalha como correspondente para mídias especializadas e também como editora do WGSN Lifestyle & Interiors.

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O London Design Festival rolou entre os dias 14 e 22 de setembro (2013), e a impressão que tive esse ano é que ele quase dobrou de tamanho! Tinha muita coisa legal pra ver, mas tem sempre um lugar que não dá pra ficar fora da agenda durante esses dias: o museu Victoria & Albert. Já faz alguns anos que o V&A funciona como uma espécie de QG do London Design Festival, abrindo suas portas para artistas e designers fazerem instalações e interferirem com o acervo. Acho muito bacana que um museu grande e tradicional como esse permita esse tipo de coisa – faz a arte ficar mais palpável, mais próxima do visitante.

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Um dos projetos do V&A para o LDF esse ano foi o “God is in the details”: 14 designers (como Tom Dixon, Faye Toogood, Ross Lovegrove entre outros) foram convidados a escolher uma peça do acervo para ser “explorada” com lentes super potentes fornecidas pela Swarovski. Ou seja, detalhes delicados e as vezes muito pequenos (que acabam passando despercebidos) de esculturas, pinturas e objetos históricos foram “maximizados”, bastava olhar através da lente colocada em frente ao objeto.

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V&A

Para ver todas as peças do “God is in the details” era preciso caminhar por todo o museu, uma espécie de “caça ao tesouro”. Por outro lado, a instalação de Omer Arbel ficava logo na entrada principal do museu, dando boas vindas aos visitantes. Era uma luminária pendente gigantesca, feita com 280 peças da luminária 28 da empresa Bocci, feita de esferas de vidro colorido. Elas eram sustentadas por fios de cobre e no total a instalação percorria 6 andares do museu. Era possível ir até lá em cima e vê-la sob outro ângulo,, de cima para baixo, um efeito tão impactante quanto vê-la de baixo para cima.

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Pra finalizar, outra instalação que ficou entre as minhas preferidas foi “The Wind Portal” da Najla El Zein. Feita com 5,000 cataventos de papel dobrados a mão (!!) e fixados em tubos de plástico com clips produzidos em uma impressora 3D, a instalação ocupava uma passagem imensa do museu, que conecta duas alas construídas em épocas diferentes. Um sistema controlado por computador soprava ar pelos tudos, fazendo que os cataventos girassem aleatoriamente. Achei o resultado final lindíssimo, além do visual tambem gostei do barulhinho que os cataventos faziam ao girar.

Bom, esse é só um gostinho do que foi o festival – rolou muita foto no twitter e instagram com a tag #ldf13.

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