Dizeres perfeitos de um jeito imperfeito. É assim que Felipe Ambrosio explica o seu projeto autoral, o Dizeres Imperfeitos. Quase todos os dias, no Instagram e no Facebook, Felipe traz frases tipográficas criadas por ele em seus cadernos.
O designer, que sempre se expressou através dos desenhos e das palavras, resolveu registrar parte desse vício. Assim surgia a ideia única e original.
Hoje Felipe cria letterings exclusivos para pôsteres, tatuagens e outras coisas que levam o seu estilo e faz sucesso com as encomendas pela web.
Conversamos com ele para saber um pouco mais sobre suas inspirações:
FTC: Felipe, conta um pouco quem é você, um pouco da sua história, como começou a sua arte.
Felipe: Então, sou Felipe, mineiro de BH, 28 anos. Formei em Design Gráfico na UEMG, mas desde que me lembro por gente eu estou com um papel e uma caneta na mão. Quando não estou, estou pelo menos com a caneta da mesa digitalizadora do computador. Sempre curti muito desenhar e sempre tive uns vícios no desenho:
1) odiava rascunhar meus desenhos;
2) sempre preferia as canetas aos lápis.
Tá, e daí? Bem, e daí que isso vai explicar um pouco o porquê de eu ter escolhido as regras que sigo no Dizeres atualmente. haha. Então, resumindo, se for pra dizer quando exatamente comecei minha arte, teria que ser na minha infância, desenhando na aula. Foi ali, no meio das aulas de matemática, que tudo começou.
FTC: Como começou o Dizeres Imperfeitos?
Felipe: Essa é sempre a pergunta mais complicada de responder. Então, no ano passado/começo desse ano, estive em um namoro que acabei me envolvendo demais e que acabou dando errado. Quando o namoro acabou, tudo que eu queria era não pensar no término. Como eu sempre quis ter um projeto autoral que eu realmente tocasse diariamente (e inicialmente a frequência era realmente diária, 7x por semana, às vezes até mais de um post por dia), resolvi começar o dizeres!
Escolhi a tipografia como meio por algumas razões: primeiro que sempre amei letterings e não dominava bem. E segundo que eu estava cansado dos meus desenhos/ilustrações, então foi bom para dar uma respirada do desenho mais cartunesco que sempre fiz.
FTC: Como você escolhe as cores ao criar cada um de seus dizeres tipográficos?
Felipe: Eu abro a gaveta das canetas e penso: “Taí, que cor eu tô a fim de usar hoje?”. Aí eu analiso: “Eu usei essa cor nos dois últimos?” Se não, eu vou e uso. Se sim, eu analiso: “Eu tô realmente a fim de usar ela ou posso trocar?” Aí eu vou e decido. Aí a segunda cor, só penso qual cor tem mais a ver com a frase que eu escolhi (se eu já tiver escolhido a frase nesse momento. Várias vezes acontece de eu escolher a cor antes).
FTC: Com o que você se inspira?
Felipe: Eu constantemente pesquiso letterings interessantes, sempre tive uma mania de pesquisar referências gráficas, o que ajuda muito. Além disso, eu me inspiro por música, pelo clima do dia, alguma conversa que tive mais cedo. Depende. Gosto de ir de acordo com o sentimento do dia.
FTC: Existe um por quê de você ter começado a se expressar através das frases?
Felipe: Dor de cotovelo. hahaha
FTC: 3 sites, 1 filme, 1 livro que definem um pouco de você.
Felipe: Tumblr, pela zoeira, Feedly (RIP Google Reader </3), pelo constante fluxo de informação e Facebook pela interação com o mundo (grande parte do que consegui profissionalmente foi por conta de redes sociais).
Filme: Um Estranho no Ninho (vou deixar vocês pensando o porquê – sou misterioso – risos). Livro: É clichê pra cacete, mas eu piro em Guia do Mochileiro das Galáxias.
FTC: Uma frase que vc carrega para a vida.
Felipe: “A felicidade que preciso não é de fazer o que quero, mas não fazer o que não quero.” -René Descartes.
FTC: Cão favorito?
Felipe: Pug.
No Instagram: @dizeresimperfeitos. No Facebook: /dizeresimperfeitos.