A publicação colorida impressa mais antiga do mundo ganhou uma versão digital e agora está disponível para o público em geral, graças à Biblioteca da Universidade de Cambridge. O livro do século 17, chamado de “Manual de Caligrafia e Pintura” (Shi Zhu zhai shu hua pu), é tão frágil que ninguém tinha permissão para abri-lo.
Criado em 1633 pelo Estúdio Ten Bamboo, a publicação é reconhecida como o mais antigo exemplo de xilogravura policromada, tipo de impressão inventada pelo artista Hu Zhengyan. A técnica, também chamada de douban, utiliza vários blocos de impressão com cores diferentes de tintas, dando a aparência de uma aquarela pintada à mão.
O site de Cambridge explica que embora a habilidade de Hu Zhengyan para atingir as impressões em douban sejam admiráveis, são as mudanças de cores que o levam à reputação de ser “talvez o mais belo livro de todos os tempos.” O Manual de Caligrafia e Pintura traz oito categorias de assuntos ilustrados por 50 artistas e calígrafos diversos e entre elas, apresenta pássaros, flores, orquídeas, bambus, pedras, frutas e uma miscelânea de desenhos livres seguidos por um texto ou poema.
Além de Shi Zhu zhai shu hua pu, a biblioteca também digitalizou recentemente outras coleções chinesas, incluindo os “Ossos do Oráculo” (os primeiros exemplares sobreviventes de escrita chinesa do mundo), um texto budista datado entre 1127 e 1175, e um nota de um banco do século 14 que ameaça falsificadores com a decapitação.
A seguir estão algumas imagens deste trabalho. As completas 356 páginas do manual estão agora em alta resolução, para que todos possam folheá-lo. Legal, não?
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