Você já escolheu o nome perfeito para o seu negócio, pensou no melhor slogan do mundo, definiu cada cor para a sua marca. Tudo pronto. Ou quase tudo. Não se esqueça de um componente muito importante: a fonte. Assim como cores provocam certas emoções, as fontes também. Para melhor ou para pior.
Fontes evocam certas associações, sentimentos e estados de espírito. Quer um exemplo? Algumas fontes – como Comic Sans, Papyrus, Curlz MT – são universalmente odiadas, enquanto fontes como HTF Didot e Akzidenz Grotesk são admiradas por sua elegância e beleza.
As fontes transmitem mais do que palavras. A escolha da tipografia ideal diz muito sobre você e sua marca, influenciando o modo como as pessoas percebem e recebem sua mensagem. A fonte certa enviará a mensagem correta, enquanto uma fonte ruim pode prejudicar completamente sua credibilidade.
Abaixo temos três dicas básicas dadas por Christina Wang, especialista em marketing da Shutterstock, que vão te ajudar a escolher a fonte ideal para o seu negócio. Confira:
1. Qual mensagem você quer que sua marca transmita?
Primeiro, considere as seguintes perguntas: Quais são as qualidades da minha marca? Qual a personalidade? Séria e confiável? Jovial e divertida? O que você representa e o que você quer passar para seus clientes?
Pense também no seu mercado. Quais são os seus interesses e aspirações? Como eles se comunicam? Essas informações vão te ajudar a construir a identidade do seu negócio.
2. Seu estilo de fonte deve refletir a filosofia da sua marca
O próximo passo é escolher um estilo de fonte que corresponda à filosofia da sua marca. Cada fonte tem personalidade e caráter distinto, então tome cuidado com essa escolha. Algumas fontes transmitem elegância, outras são mais informais e tradicionais.
Geralmente, fontes podem ser divididas em categorias simples:
Serif
Fontes serifadas têm pequenos traços e prolongamentos nas hastes de cada letra. Elas transmitem a ideia de tradição, clássico. São escolhidas quando queremos transmitir autoridade, confiança e respeitabilidade. Exemplos de algumas empresas que usam fontes com serifa em seus logos incluem banco HSBC, a rede de televisão americana CBS e a joalheria Tiffany & Co. As fontes serifadas mais conhecidas são: Baskerville, Garamond, Caslon e Palatino.
Um subconjunto deste grupo são as fontes “slab serif”, com serifas grossas e maciças. Elas são muitas vezes utilizadas em manchetes, já que passam um ar de confiança e força. As fontes “slab serif” mais conhecidas são: Rockwell, Archer, Egyptian Slate e Memphis.
Sans serifa
Fontes sem serifa não possuem prolongamentos nas hastes e geralmente têm uma aparência limpa, simples e moderna. Empresas como Facebook, Hulu e YouTube usam fontes sem serifa em seus logos. Alguns especialistas recomendam usá-las na web, já que são mais fáceis de se ler em telas. Mas como as resoluções de telas estão sempre melhorando, muitos afirmam que fontes com serifa funcionam tanto quanto as sem serifa. As fontes sem serifa mais conhecidas são: Helvetica, Avenir, Arial, e Futura.
Script
Fontes cursivas (que incluem a maioria das fontes manuscritas) geralmente denotam feminilidade, elegância, criatividade e simpatia. Logotipos corporativos que utilizam fontes script incluem Cartier, Instagram e Coca-Cola. Dica: use-as com moderação. Fontes cursivas não são ideais para corpo de texto, já que possuem baixa legibilidade quando em formato de parágrafo.
Novelty
Fontes Novelty são sutis, divertidas, atraentes e estão sempre em negrito. Elas foram criadas para chamar a atenção e criar interesse visual. Ou seja, são ótimas opções para manchetes, mas essas características também as tornam difíceis de serem utilizadas. Use-as com moderação – uma fonte novelty já é o suficiente – e sempre com outra fonte minimalista.
Você pode explorar centenas de fontes gratuitas no Font Squirrel e Google Fonts e, em seguida, decidir qual delas melhor corresponde a sua mensagem e marca.
3. Certifique a legibilidade da suas fontes
Legibilidade é prioridade. Você pode até escrever uma mensagem genial, mas nada adianta caso seu texto não seja legível. A designer Jessica Hiche criou a “regra Il1:” Se você estiver trabalhando com uma fonte sem serifa, experimente digitar um “I” maiúsculo, depois um “l” minúsculo e, por último, o número “1”, um do lado do outro, e veja se você consegue distinguir a diferença entre eles. Caso não, o ideal é mudar sua fonte. (Verdana, por exemplo, passa no teste.)
Por fim, lembre-se sempre que uma boa tipografia é crucial para a construção de uma identidade de marca forte. Mas com tantas opções que temos por aí, às vezes é bem difícil escolher o caminho correto. Sinta-se livre para experimentar diferentes opções de fontes e vá refinando suas escolhas. Lembrando sempre de alinhar sua escolha à filosofia do seu negócio.
Quer mais inspiração? A gente tem um board no Pinterest cheio de referências tipográficas. Veja outras dicas de Christina aqui. Imagens: Shutterstock.
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