Dizem que não existe dor maior do que pisar em uma peça de Lego. Só quem já passou por isso sabe o que é, além da sensação de ficar horas montando e desmontando aquelas pecinhas minúsculas espalhadas pelo chão do quarto. Porém, o resultado final sempre era compensador. Os brinquedos, lançados na década de 30, estão presentes no cotidiano das crianças há várias gerações e até hoje são uma ótima maneira de deixar os pequenos soltarem a imaginação.

Mas para uma empresa se manter no mercado há tantos anos algumas mudanças e inovações precisam acontecer. Pensando nisso e tentando se adaptar aos novos paradigmas da sociedade, a marca desenvolveu uma linha que explora conceitos completamente novos no universo Lego.

A coleção Lego City ‘Fun In The Park’ (‘Diversão no Parque’) mostra diversidade e quebra estereótipos de gênero ao apresentar personagens inclusivos, como um pai ‘dono de casa‘ que cuida de um bebê, uma mulher com trajes executivos, ou um boneco cadeirante. Ideias bem diferentes do que se vê em brinquedos comuns.

Sem dúvidas, a coleção é a mais realista até agora. Além desses personagens, a linha ainda conta com uma senhora com um buquê de flores em um ponto de ônibus e uma mulher segurando um cortador de grama. A nova coleção foi lançada e exposta na New York Toy Fair 2016. Ao todo são 157 peças que incluem 14 minifigures, além do bebê, o cachorro, barraca de cachorro-quente, mesa de piquenique e um gira-gira.

Quando questionado sobre o motivo de abordar tais questões, o presidente da LEGO Systems, Soren Torp Laursen, explicou ao site Fortune que a empresa está apenas refletindo o mundo em que vivemos hoje. Ele afirma que há a necessidade de estar em sintonia com o atual e que a marca está tentando ouvir os consumidores para retratar a sociedade de acordo com a representatividade.

Com isso, querem criar uma mudança cultural que pode ser atingida com o uso positivo da tremenda influência que uma marca como a Lego possui.