Universo feminino, cores e natureza. Conheça a arte sensível e marcante da brasileira Baiá;

Universo feminino, cores e natureza. Conheça a arte sensível e marcante da brasileira Baiá;

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Desenhos, ilustrações e pinturas sempre fizeram parte da vida da artista brasileira Baiá. Desde muito pequena é ligada a fazeres artísticos, e mesmo depois de adulta, nunca deixou perder o seu lado infantil de criar e experimentar. Baiá costuma dizer que não escolheu ser artista, só não conseguiu fugir disso. A conexão com a criatividade, texturas, cores e desenhos sempre foi tão forte que explorar novos materiais faz parte da sua personalidade e de seu dia a dia.

Curiosa sobre comportamento e relações humanas, sobre o mundo e tipicidades, Baiá conta que se formou em psicologia e estudou academicamente (por pouco tempo) filosofia e antropologia. “Pareço tranquila, mas sou inquieta, sempre buscando novos fazeres. Me encontro na arte por isso.”

Na infância, ela criava e desenhava seus próprios brinquedos. Na adolescência, inventava suas roupas e acessórios (mesmo não sabendo costurar, o que nunca foi um problema, porque ela se virava mesmo assim). Mas foi somente há mais ou menos 4 anos que resolveu assumir o seu lado artístico que pulsava, de modo mais profissional. Criou a Domitilla, sua marca exclusiva de acessórios e começou a se dedicar aos desenhos e pinturas com mais força.

Hoje a artista cria obras, ilustrações, telas, desenhos que mostram sua arte marcante e sensível, inspirado no universo feminino e na natureza. De maneira única e dinâmica, entre pincéis, tintas, observações e experimentações, Baiá encontrou sua verdadeira essência. Seus trabalhos são bastante reconhecidos pelos olhos expressivos, detalhes florais e muitas, muitas mulheres fortes e fantásticas. Ela conta para o FTC, um pouco mais sobre sua história e inspirações. Confira entrevista:

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FTC: Pelo visto, superfícies ou técnicas diferentes não é um problema para o seu trabalho. Quais os materiais que mais utiliza?

Gosto de experimentar diferentes materiais e técnicas, mesclar elementos e explorar as potencialidades de cada material. Nos acessórios tenho trabalhado há algum tempo com o acrílico, mas já trabalhei com a borracha, resina e agora estou estudando mais a fundo o metal. Nos quadros, gosto de utilizar a tinta acrílica a aquarela, costuras, linhas, madeira.

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FTC: Qual a influência das cores nos seus trabalhos?

Sou fanática pelas cores. Gosto de procurar, entender, sentir a energia de cada uma delas. Gosto do colorido, dos contrastes, mas também amo os tons neutros e o preto e branco – como um respiro. Acho que as cores por si só podem falar muita coisa pra gente.

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FTC: Está tocando algum projeto específico atualmente?

Acabei de finalizar um exposição na galeria ‘Quema La Nave’, em San Telmo, Buenos Aires, com curadoria da antropóloga e curadora argentina Carina Borgogno. Foi uma experiência incrível. No próximo semestre tenho outra mostra pra realizar e mais algumas mudanças, sempre bem vindas.

No momento, estou estudando um modo de agilizar a produção e distribuição da Domitilla no Brasil e na Argentina. Vim morar um ano na Argentina e ainda estou buscando a melhor maneira de lidar com a logística e questões operacionais nos dois países. Por enquanto sigo tranquila, com vendas através de email e redes sociais.

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FTC: O que é arte para você e como você definiria a sua arte?

Arte é tudo aquilo que provoca algum tipo de contemplação em meio a brutalidade do mundo. Pra mim, é o melhor modo de me conectar com o que sou e com o que está ao meu redor. Minha arte é intuitiva e cheia de vínculos.

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FTC: Com o que você se inspira?

Qualquer coisa pode ser inspiração: a natureza, as pessoas, uma cidade. Meus momentos de maior inspiração se dão quando faço alguma viagem, quando estou caminhando, em movimento, quando escuto uma canção ou leio algo que me comove, quando vou dormir, depois de um dia cheio.

Mas inspiração também é pratica e disciplina. Costumo fotografar as coisas que vejo, tenho vários cadernos de anotações onde vou escrevendo frases soltas, rabiscos. Recorro a estes escritos quando preciso. E o local de trabalho também é importante, é preciso criar um mundo particular, por menor que seja, pra poder acessar com mais facilidade essa tal inspiração.

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FTC: Nas suas pinturas, a figura feminina é sempre marcante. Tem algo especial relacionado a isso?

Meu trabalho se centra no universo feminino e na natureza. A força e sensibilidade do feminino em conjunção com a natureza. Eu venho de uma família cheia de mulheres e elas tiveram um papel muito forte na minha formação. Tem uma coisa ancestral também, quase mágica, contar estórias com as mãos tem uma ligação muito forte com o feminino e eu me sinto cômoda nesse lugar. Por isso, busco cada vez mais investigar outras formas de expressão manual: a tinta, a joalheria, o telar.

A arte têxtil me encanta. No fundo, creio que todas as técnicas são bases de uma mesma construção, que é também minha construção pessoal. Comecei com as linhas que me levaram aos bordados da minha vó. E agora estou apaixonada pelo telar. Mas como estou sempre buscando novas técnicas, novas referências, não gosto de definir. Definir limita. E limite é o que a arte não precisa.

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FTC: Conte mais sobre a Domitilla, sua marca de acessórios;

A Domitilla nasceu do desejo de levar arte e design pro cotidiano e criar acessórios inovadores únicos explorando diferentes materiais e técnicas.

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Colares, brincos e as ‘caritas’ – pequenas telas para parede – da Domitilla;

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FTC: Uma frase que resume muito o seu trabalho;

Nossa, que difícil! Acho que meu trabalho se resume nessas 3 palavras: experimento, sensibilidade, força.

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Acompanhe o trabalho de Baiá no Facebook e no Instagram. Confira também os seus acessórios únicos Domitilla no Facebook e Instagram.

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