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Viajar na era digital: O que mudou

Tanto o Brasil quanto o mundo estão repletos de locais maravilhosos para visitar e, felizmente, as novas tecnologias facilitaram bastante as viagens. Hoje, tudo está mais simples, não apenas pelos transportes mas pelos custos que possibilitaram muitas pessoas a viverem incríveis experiências. Ainda assim, não poderíamos esquecer que viajar na era digital tem seus princípios diferentes. Venha saber o que mudou nas viagens!

Todos os dias estamos cara a cara com diferentes plataformas tecnológicas. O celular e o notebook são, como bem sabemos, quase complementos de nossa fisionomia. Procuramos neles o lazer, a comunicação e até mesmo o trabalho.

As nossas ações do cotidiano se ligam muito nesse mundo digital e, além de influenciar os nossos dias, essa dinâmica mexe com a sociedade e tem um papel importante na cultura e nas escolhas que vamos fazendo.

É verdade, no que diz respeito às viagens, que a evolução de apps, da tecnologia e dos transportes em si ajudou a que os custos se tornassem mais baixos e fez com que chegar no outro lado do globo fosse mais rápido, mais simples e barato. Além disso, outros dispositivos exerceram também um papel na alteração da forma como encaramos o ato de viajar.

Praga: “Ouvi dizer no Foursquare que o melhor Trdelník da cidade fica perto da Ponte, segundo os locais. Vou lá experimentar um, com certeza!”

Os Millennials sabem melhor do que ninguém, por exemplo, o impacto das redes sociais para a escolha dos destinos ou das lojas online para definir quais roupas comprar. Sabem ainda como o GPS ou as máquinas de filmar e fotografar se tornaram aliados na garantia da viagem perfeita (muitas vezes o celular faz todo esse papel).

Quem aqui se lembra de viajar com mapa impresso na mão, caneta amarela fluorescente para riscar as estradas que deveria pegar e parar em muitos postos de gasolina para pedir informação? Não havia GPS, internet, apps, celular. E mesmo assim, chegávamos! Essa mudança nas viagens realmente foi incrível e merece um olhar atento. Mas enfim, o que mudou nas viagens da era digital?

1. ATIVIDADES DURANTE A VIAGEM

Para algumas pessoas, viajar é sinônimo de passar pelos principais pontos turísticos de um lugar diferente, compartilhar fotos devidamente editadas no Instagram e correr para as grandes redes de lojas. Os viajantes da era digital não se contentam com pouco.

Querem conhecer todos locais, tirar as melhores fotos e viver as melhores experiências e, por isso, numa viagem, tem que realizar uma lista de coisas que colocaram em seus roteiros. FOMO (Fear of missing out, ou seja, o medo de ficar por fora, de estar “perdendo algo” e querer fazer tudo) é uma palavra bem conhecida neste caso pelos especialistas e psicólogos.

Enquanto isso, anos atrás na Turquia: “Vamos parar aqui nesse muro pra tirar uma fotinho pra postar nas redes sociais.” A vista, sim, era linda! 

Estudos mostram que muitos jovens querem mostrar nos seus perfis de Facebook ou Instagram a sua viagem dos sonhos; eles preferem atividades que permitam tirar boas fotografias, como fazer aluguel barco para ver a orla costeira em seu destino ou escalar montanhas para ter as melhores paisagens.

DICA: Seja qual passeio for fazer, sempre lembre de parar e apreciar a vista (antes do click pro Instagram). Deixe tempo sobrando para andar sem destino pelas ruas, conhecer a cultura local ou ter contato com os moradores, por exemplo, sem que seja através da tela do seu celular. Assim, você terá a oportunidade de se conectar de forma autêntica com a história, os costumes e/ou as pessoas no destino, para depois ter algo bacana para contar sobre o lugar, e não somente ostentar nas imagens.

2. VIAJAR DE FORMA AVENTUREIRA

Engana-se quem pensa que as viagens são o reflexo das imagens hoteleiras e de resort de luxos que vemos por aí.

Hoje, os jovens querem viver experiências aventureiras de viagem e preferem as road trips, o couch surfing e muitas outras formas de vivenciar a vida – como com uma mochila às costas e recorrendo aos transportes públicos.

Esta não é apenas uma opção menos dispendiosa, é também uma opção que, aos olhos dos mais jovens, permite uma maior imersão cultural e uma experiência mais realista dos locais que visitam.

A Catedral de São Basílio, em Moscou, na Rússia, é bastante famosa, mas muitas pessoas se contentam em visitá-la apenas por fora, tirando fotografias ali e só. Não faça isso! 

Uma pesquisa (conduzida pelo portal de recompensas da American Express Travel) revelou alguns dados que ajudam a entender por que esse novo modo de viajar conquista cada vez mais adeptos:

  • 72% dos entrevistados disseram que, entre comprar coisas e ter experiências, preferem ter experiências;
  • 88% afirmaram que viajar é sua prioridade número um na vida, na frente até mesmo de formar família e construir patrimônio;
  • 81% das pessoas valorizam as experiências personalizadas quando viajam;
  • 73% dessas pessoas não se importariam em exceder seus orçamentos de viagem para fazer programas que são considerados fora do comum.

 

Os adeptos das viagens acreditam que descobrir um lugar novo pode ser uma forma de afirmar valores pessoais, ter perspectivas diferentes sobre coisas corriqueiras ou aprender algo completamente novo.

A Catedral de São Basílio é cheia de padrões, texturas, cores e histórias incríveis e merece um tempo para ser vista por dentro. Seu olhar mudará completamente ao entrar e entender a sua complexidade, explorar sua construção e ainda, de brinde, você tem uma vista exclusiva do Kremlin ali!

DICA: Muitos viajantes ficam presos apenas aos guias de viagem e, ao visitar as cidades mais incríveis do mundo, nem mesmo entendem por que elas são tão maravilhosas. Já que temos toda a facilidade dos apps e internet hoje em dia, pesquise por tema o que você mais gosta de fazer e vá atrás de dicas dadas por moradores locais: restaurantes gostosos, bares, bibliotecas, museus, tour de street art; dicas que os viajantes nunca encontrariam em um guia normal.

3. ALOJAMENTO POUCO CONVENCIONAL

A era digital também trouxe consigo a tendência do AirBnB, dos Hostels, do Couch Surfing e da Startup Friend Theory. Estas opções permitem que se durma nas casas de outras pessoas, em hotéis com beliches ou até em sofás.

Trata-se, literalmente, de uma busca por alojamento em conta, que permite até estender as viagens e viver com espírito de aventura e partilha. 

Em Bolonha, Itália, já pensou se hospedar na rua gastronômica mais famosa da cidade? Pois é, fiquei bem em uma dessas janelinhas em um Airbnb!

DICA: Sabemos que às vezes os planos não saem como imaginamos. Por isso é bom sempre ficar de olho nas regras de cancelamento de cada empresa, aproveitar a eficiência dessas empresas de poder reservar sua hospedagem em cima da hora, coisa que antes não era possível, ficar atento aos horários certos de check-in e check-out e respeitá-los. Nesses sites lembre-se também: os comentários dos hóspedes anteriores são uma mina de ouro!

Feito isso, bora reservar sempre um dinheiro para viagens porque viajar é bom demais, não é mesmo?