Depois da coleção de roupas feitas por Pharrell Williams e G-Star fazerem sucesso, eis que a indústria da moda começou a levar mais a sério a ideia de reaproveitar materiais recicláveis, ao invés de ter como fim o lixo. Pensando nisso, a Adidas em junho de 2015, lançou um novo protótipo de um tênis feito inteiramente com plásticos retirados do oceano em parceria com a Parley for the Oceans, uma ONG que sincroniza a economia atual com o ecossistema da natureza.
Além de proteger os oceanos, a Parley faz com que a proteção ambiental seja lucrativa para grandes empresas ao mesmo tempo em que combate o desperdício. Para sua fabricação, os plásticos foram retirados de uma expedição de 110 dias ao longo da costa oeste da África. Parte do material recolhido vem de redes utilizadas por pescadores ilegais, que poluem o mar e podem matar diversas vidas marinhas. Algumas destas redes foram confiscadas por ativistas ambientais da Sea Shepherd.
Durante o último ano de 2016, foi feito porém, uma parceria com o designer Alexander Taylor, que trabalhou na produção dessa fibra e técnica dos fios que finalmente puderam ser utilizados para a criação dos produtos de performance. O resultado é o lançamento de um tênis edição limitada que agora está disponível para o público, que usa exatamente os mesmos materiais como o protótipo.
Absolutamente todas as partes utilizadas para criar o modelo chamado Primeknit são recicláveis, como fibras, fios, filamentos. O Primeknit é tricotado e isso gera resíduos zero em comparação com o processo de corte necessário para a maioria dos outros tênis.
O objetivo maior do programa é trabalhar novas tecnologias para mudar o status do consumo de plástico no mundo. A marca está em fase de adaptar o material para eventualmente começar a incluí-lo em outros produtos. “Nós não queremos nos limitar”, diz Eric Lietke, membro do conselho executivo de marcas globais da Adidas. “Nós podemos colocar isso em T-shirts, shorts, em todos os tipos de coisas.”
“O plástico não pertence à natureza, ele não merece estar na barriga de um peixe. A solução final é cortar este fluxo contínuo de algo que não se acaba facilmente, é reinventar-se. Por enquanto, nós fazemos o que podemos. Isso significa que estamos realizando uma pequena limpeza no mar no momento. Cada pedaço de plástico que recolhemos, cada peça única, pode salvar um pássaro, uma tartaruga, mesmo uma baleia.” – diz Eric. Veja os detalhes:
Apesar da Adidas ter sido acusada pelo Greenpeace de pesada poluição ambiental, isso pode representar um passo na direção certa. Se a ideia for aplicada em larga escala, quem sabe o parâmetro atual dentro da empresa começa a mudar?
A iniciativa é interessante! Confira resultado final:
Via.