Um arquiteto cego? Pois é, parece estranho pensar que uma profissão como arquitetura possa existir para uma pessoa que perdeu a visão. Porém Chris Downey não só faz isso muito bem como não é o único. A experiência arquitetônica é sobre sentir texturas, luz, temperaturas e outros aspectos além do que é possível enxergar.
Chris Downey perdeu sua visão há mais de 10 anos após a remoção de um tumor na cabeça e adaptou seu estilo de vida para continuar ativo. Aprendeu mais sobre si, seus outros sentidos e sobre as cidades também. Afinal ele conta que a cidade ideal parte de cegos e pessoas com deficiências. Isso faria com que tivessem calçadas mais largas, serviços acessíveis no próprio nível da rua, menos carros e mais transporte público de qualidade. Também faria com que as cidades tivessem menos poluição, pela diminuição de carros e que fosse mais inclusiva para todos os diferentes tipos de pessoas.
TED Talk de Chris Downey
Arquitetura para cegos nas cidades
Sendo assim, o arquiteto cego tem um escritório que transformou a forma de projetar. Possibilita que Chris participe ativamente do processo com plantas em braile e materiais que permitem “brincar” com as linhas, para criar edifícios que pensem nas pessoas que não conseguem enxergar. O desafio de projetar dessa maneira é bem difícil, mas traz melhores resultados na circulação do edifício, por exemplo. Tudo deve ser fácil de acessar e compreender para que todos os tipos de pessoas tenham uma experiência agradável no espaço.
Chris Downey lendo planta em braile
Chris Downey usando materiais flexíveis em 3d para projetar | Foto por: Patricia Chang
Com isso, entende-se que a melhor maneira de fazer qualquer projeto seja pensando no todo, nas diferenças e nas características que nos fazem únicos. Porque é dessa forma que iremos ter cidades inteligentes que usam da tecnologia e dos serviços disponíveis para serem locais que nos permitem viver plenamente.
Chris e colegas no escritório
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