redes de pesca já fui uma rede de pesca
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Em parceria com artesã, startup transforma 450kg de redes de pesca em produtos ecológicos

redes de pesca já fui uma rede de pesca

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Nara Guichon é artista plástica, ambientalista e designer têxtil. Há mais de 40 anos desenvolve e fomenta a moda ética e sustentável em seu atelier, fundado em 1983 no sul da Ilha de Santa Catarina. Em 2014, Nara firmou uma parceria com a Positiv.a, empresa B que cria soluções ecológicas e socialmente responsáveis para cuidar da casa, do corpo e da natureza, para que esta se tornasse representante exclusivo de seus produtos, e de lá para cá, a parceria só trouxe resultados benéficos. Só em 2020, 450 quilos de redes de pesca foram retirados dos oceanos e se tornaram esfregões e saquinhos sustentáveis. 

FUI UMA REDE DE PESCA

80% do lixo que está nos oceanos já é plástico.  Saquinhos e sacolinhas plásticas vêm se acumulando no planeta há décadas. Por serem super leves, acabam não sendo reciclados como deveriam – e terminam em aterros, lixões ou até mesmo nos rios e mares, prejudicando os animais. A linha ‘Fui Uma Rede de Pesca’ surgiu com o objetivo de impedir que as redes furadas e inutilizadas por pescadores também terminassem no fundo do mar. 

As redes são compradas dos pescadores locais, higienizadas e costuradas uma a uma por artesãs da região. Além de gerar empregos e renda, é também uma forma de educar a população local sobre como cuidar da natureza. Os produtos feitos com o material (Poliamida – nylon – reutilizado) tem grande durabilidade. Os esfregões, por exemplo, duram aproximadamente 6 anos, dependendo da forma de uso. Os saquinhos tipo bolsas a granel são super resistentes e podem ter uma vida útil por muito tempo.

NARA GUICHON

A ideia surgiu em 1998, do desespero de Nara ao ver tanto lixo no mundo, fazendo-a transformar as redes de pesca em peças de vestuário, itens de decoração e esfregões de limpeza. Assim, ela viu uma oportunidade concreta de ajudar na preservação do meio ambiente.

Desde criança, a artesã sempre deu importância ao ecossistema. “Aos 10 anos de idade, eu ajudava a minha avó no jardim e via que ela queimava folhas. Pensava que aquilo estava errado, mas não sabia dizer o porquê, exatamente. Mas já havia uma veia intuitiva minha de cuidados ambientais ali”, lembra ela em entrevista.

TRANSFORMAÇÃO ECOLÓGICA

Após firmar a parceria com a Positiv.a, para que se tornasse representante exclusivo dos esfregões, a ideia se espalhou pelo país e até exterior. O projeto já vendeu 476,3 kg de produtos feitos a partir da rede de pesca reutilizada e a Nara e sua equipe reusam em média 2 toneladas de rede de pesca ao ano.

O esfregão durante o uso mantém a mesma gramatura, o que comprova que, neste período, não libera microplásticos. A sacola substitui as embalagens comuns de plástico e pode ser utilizada para fazer compras a granel, ou até como necessaire, porta acessórios ou até como separador de roupas em malas de viagem.

A Positiv.a pretende aumentar essa linha de produtos. Já no atelier de Nara, as redes de pesca também se transformam em colares, roupas e xales.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row thb_full_width=”true” thb_row_padding=”true” thb_column_padding=”true”][vc_column][thb_postslider pagination=”true” source=”size:3|post_type:post”][/vc_column][/vc_row]