Artista transforma antigas portas de madeiras em belas esculturas pelas ruas da Bélgica

Art Attack

março 8, 2016

Artista transforma antigas portas de madeiras em belas esculturas pelas ruas da Bélgica

Stefaan De Croock, mais conhecido como Strook, é um pintor, escultor e designer gráfico que mora e trabalha em Bruges, na Bélgica, reaproveitando portas, pisos e móveis de madeira rejeitados pelos antigos donos, para criar esculturas e espalhá-las pelas ruas, inovando de forma autêntica a arte urbana.

Sua última obra, chamada de Elsewhere, foi colocada na parede lateral de uma fábrica de móveis, em Mechelen. Acompanhado pelo pai de 69 anos, após reunir pedaços de assoalho e outros objetos de madeira, Scroock literalmente “construiu sua criação”, deixando sua marca meticulosa, unida a uma estética crua e harmônica, metafórica e abstrata.

A madeira descartada é reciclada e recortada minuciosamente em formas geométricas, sendo depois encaixadas como um quebra-cabeça.

As cores, pinturas e texturas originais de cada pedaço permanecem intactas, e são reutilizadas para a criação dos rostos colados aos murais gigantescos de Strook: “É muito interessante construir rostos com a madeira que é jogada fora. Ela ganha uma nova vida e uma nova história”, afirma o artista.

Para Scrook, cada escultura ou mural reciclado possui uma história. No caso específico de Elsewhere, a parede na qual a criação foi instalada também serviu como fonte de inspiração:

“Você pode ver as ruínas de um telhado de uma casa antiga no muro. Isso quer dizer que no passado, existia uma casa ao lado da fábrica. A postura frágil e melancólica da imagem simboliza uma pessoa no conforto do seu lar, onde ela podia ser ela mesma” – explica Scroock em uma entrevista para o My Modern Met.

Inspire-se no processo de criação:

“O processo de fazer um trabalho artístico reciclado é extremamente interessante – a busca pela madeira, os recortes, perfurações e a criação das peças; organizando e construindo. Eu gosto muito de trabalhar com a pátina envelhecida das madeiras descartadas. É como um rastro do tempo. Cada peça tem sua própria história e se mistura em uma composição, formando outra história.”