Audrey Hermanstadt é francesa, tem 28 anos e chegou ao Brasil com 10. Formada em Design de Moda, no meio da faculdade já sabia que aquilo não era o que queria fazer pro resto da vida. Começou a experimentar a arte através de todo tipo de material, a desenhar com todo tipo de tinta, canetas e lápis. Um dia foi fazer a sua primeira tatuagem e o tatuador acabou lhe dando uma ideia: “-Audrey, por que você não tatua?”

Com o tempo, gostou da ideia de poder “desenhar em gente”. Aquilo seria um jeito da sua arte ter mais movimento e realmente criar vida. Quando pisou no pedal e a máquina ligou pela primeira vez, pareceu cena de filme. Ela ficou totalmente apaixonada, e desde então, estuda e trabalha o assunto para melhorar a cada dia.

Audrey hoje tem um estúdio/ateliê em São Paulo na Vila Mariana e de portas fechadas, atende com horários marcados para facilitar a organização. A artista não tem medo de brincar com as cores na pele de seus clientes e cria tattoos inspiradas em aquarelas completamente vibrantes, multicoloridas e cheias de histórias. E completa: “Amo cores. Gosto de pensar que vivo pra deixar o mundo mais colorido e bonito.” Com toda certeza Audrey!

“Quando faço uma tattoo em alguém e esta pessoa vive, anda, dança, sinto que a minha arte vive, anda e dança, e se completa naquela pessoa. Isso pra mim é a minha arte, e é o que mais me faz feliz.”

“Inspiração é algo que não se controla muito, pode vir de qualquer lugar, desde uma planta que contra o sol tem uma cor linda e leve, até a louça da casa da minha vó, que tem umas florzinhas lindinhas. Acompanho o trabalho de muitos artistas que me inspiram também, não necessariamente tatuadores.”

“Minha primeira tattoo em um cliente? Fiz um contorno de um lacinho no fim das costas de uma amiga. Devo ter levado mais ou menos 3 horas pra fazer, mal tinha coragem de encostar na pele dela, e definitivamente não queria que ela sentisse dor.”

“Estou preparando uma exposição de aquarelas faz um tempo já, bem lentamente, mas não tenho datas nem galeria pra expor ainda!”

“Não vivo sem música, lápis de cor, minhas máquinas de tattoo (cada uma com seu respectivo nome), limonada com água de flor de laranjeira do árabe da esquina, beijo de bom dia do meu namorido e minha família.”