Um cachorro vira-lata adotado super simpático e muita arte de rua no Instagram!
‘Cido e a Cidade’ é um projeto que combina duas grandes paixões. Um vira-lata cheio de pose ilustra diversas fotografias vibrantes em vários murais de street art pela cidade de São Paulo. Quem adotou Cido foi Thaís, que conta ao FTC como a ideia surgiu:
“O Cido foi adotado pela nossa família há 1 ano, já adulto. Ele entrou na garagem do escritório que meu marido trabalha e estava infestado de pulga, bem magro e sujo. Começamos a cuidar dele, demos banho, remédio, vacina, mas ainda não tínhamos certeza sobre ficar com ele ou não. Até que meu pai falou: se ficar, o cachorro pode chamar Aparecido. E eu logo pensei: vixe, agora que ele tem nome, como não ficar?”
Thais e o marido resolveram fazer um teste e levar ele para casa. “Nós já tínhamos o Juca, um dogue de Bordeaux que na época tinha 2 anos. O Cido e o Juca se deram muito bem logo de cara! Brincaram muito, começaram a dormir grudados e uma relação linda entre irmãos começava.”
No começo, ela achava que estava fazendo uma boa ação adotando o Cido, mas estava muito enganada. O Cido ganhou um espaço enorme e muito amor em seu coração, algo que ela conta que nem sabia que existia.
Hoje, a ideia de Thais é que as fotografias inspirem as pessoas a prestarem mais atenção na cidade, que são verdadeiros museus a céu aberto, além de divulgar as obras de talentosos artistas com a ajuda de seu fiel companheiro.
Difícil é saber o que mais impressiona: se são as cores ou a concentração de Cido. Confira abaixo a entrevista que fizemos com ela e tire suas próprias conclusões!
FTC: Queria que vc falasse um pouco sobre você com as suas palavras e como chegou até o projeto;
O projeto começou sem querer. Um domingo eu estava caminhando com o Cido e vi um grafite incrível do Guilherme Kramer. Era tão lindo que eu resolvi tirar uma foto! Coloquei o Cido na frente do muro, dei o comando “fica”, ele fez a maior pose e eu tirei a foto. Coloquei no meu Instagram pessoal com a legenda “Cido e a Cidade”.
Durante a semana, meus amigos e colegas de trabalho me encontravam e elogiavam a foto, o Cido, o muro. Pensei que poderia ser legal compartilhar com mais gente e criei o Instagram!
FTC: Quem é o Cido?
Não sabemos quantos anos ele tem, de onde veio, qual era o nome dele… ele foi adotado há 1 ano. O nome Cido vem de Aparecido. Ele apareceu na nossa vida e trouxe muita amizade e muito amor. Ele tem um irmão-cachorro e amigo inseparável, o Juca. No Instagram ele é um cachorro cheio de pose que mostra a arte urbana de São Paulo.
FTC: Qual o objetivo do projeto?
No começo era um catálogo pessoal, uma forma de pesquisar os artistas e guardar a referência. É muito gratificante pensar que através do Cido as pessoas estão prestando mais atenção na cidade e percebendo que vivemos em um museu a céu aberto. Nossos artistas estão entre os melhores do mundo quando o assunto é grafite.
Fico muito feliz quando alguém me fala que passou a reparar mais nos grafites e na cidade depois do Instagram do Cido. Além disso, isso é uma forma de me comunicar com os artistas. Ao marcar o artista na foto, quero dizer para ele: ‘passei pelo seu muro e sua arte mexeu comigo, me fez refletir, me emocionou, coloriu meu dia’.
FTC: O que é arte para você e como você definiria a sua relação com a arte?
Meu trabalho não tem nenhuma relação com arte e eu não sou amiga de nenhum artista. Sou uma pessoa comum que passou a admirar os muros da cidade, a pesquisar os artistas, entender os diferentes estilos e valorizar a arte urbana como parte da cultura paulistana.
Para mim, o grafite foi uma solução urbana incrível para deixar nossa cidade menos cinza e a arte mais acessível. É só olhar para o lado durante a caminhada ou enquanto estiver no trânsito e se surpreender.
FTC: Com o início do projeto, o que mudou no seu dia a dia?
O Cido tem muita energia e caminhar bastante é muito importante para ele. Aos domingos, nossa caminhada começa cedo e demora cerca de 4 horas! Já penso durante a semana no trajeto para ir até um muro específico ou em alguma região que ainda não explorei. Com o tempo, fui percebendo que fotografar grafite é um passatempo infinito!
Durante a semana, tento postar uma foto por dia. O mais difícil é procurar o artista para colocar o crédito na foto, mas já estou ficando mais craque com o tempo.
Muro do Saci. Parece que ele está pedindo um beijo da moça, não?
Marina Zumi sendo muito simpática na visita de Cido ao Beco do Batman em SP;
Gostou? ADOTE, não compre animais. Lembre-se que existem MUITOS cães e gatos precisando de amor, de raça pura ou misturadas, todos para adoção.
Para inspirar, acompanhe Cido no Instagram!