Jade Carneiro tem 21 anos, é mãe, estudante de design de produto e tatuadora profissional há 2 anos e meio. Entrou na área por influência do seu pai, que também é, e com toda paciência lhe passou seus ensinamentos. Juntos, eles trabalham no Mahadeva Custom Tattoo, em Campina Grande, na Paraíba.

Sua história com a arte na pele se iniciou após a maternidade; seu pai precisava de uma recepcionista no estúdio e ela havia terminado o ensino médio, então foi ajudá-lo. Desde então, participaram de 4 convenções importantes no Nordeste. Em duas, ela conseguiu prêmios de 2º lugar na categoria Revelação e na categoria Aquarela.

Dona de um traço fino e de uma boa combinação de cores, Jade cria tattoos aquareladas e letterings incríveis. Conversamos com ela para saber mais sobre suas inspirações:

FTC: Como você define a sua arte?

Nunca pensei que fosse trabalhar com tatuagens e ilustrações, então essa questão de definir o meu trabalho/arte ainda tá em construção. Gosto muito do estilo aquarela, mas o old school sempre me chamou muito atenção.

FTC: Com o que você se inspira?

Além de muitos artistas que admiro muito, busco inspirações no dia-a-dia. Situações, pessoas, músicas.

FTC: Qual foi sua primeira tattoo em um cliente?

Primeira pessoa que tatuei na vida foi meu pai, e o trabalho feito foi um falcão japonês do mestre Horimouja.

FTC: Claro que você tem tatuagens. O que são?

“Grandes”, tenho três. Nas costas, a primeira feita foi um desenho do artista Alfonse Mucha. Na perna, ukiyo-e do mestre japones Hokusai (que inclusive rendeu um prêmio de 2º lugar oriental à Sóstenes Lopes, meu pai) e pêonias no braço direito (que estão em andamento) de autoria dele também. Tenho duas pequeninhas feitas por mim, mas que tem bastante significado, uma frase e uma âncora.

FTC: Tem alguma frase que você carrega para a vida?

Quando comecei meus estudos de desenho e tatuagem, meu pai sempre me falava, “Evoluir 1% ao dia, mas nunca chegar aos 100%”, isso foi importante pra minha formação não só profissional, mas como pessoa também, pra entender que sempre temos algo a aprender, e que tudo deve ser feito com muita calma e paciência.