Já ouviram falar da marca New Gents? Pois deveriam. São acessórios masculinos clássicos revisitados e com muito estilo. Na essência, “velhos valores e éticas embalados por novas atitudes”. E isso vai muito além da moda. Trata-se de resgatar uma essência. O que sempre fica são os valores, certo? Então, não faz diferença se seu objetivo é garbo e elegância ou apenas irreverência e diversão.

Conheça as gravatas, lenços, librettos e outras novidades que a NewGents traz para homens de atitude! Gostamos tanto da ideia, que resolvemos conversar com o criador da marca, Mark.

FTC: Como surgiu a ideia de criar a New Gents?

Mark: A ideia da New Gents surgiu de uma soma de fatores: ainda que um ano depois, o fator primeiro talvez tenha sido eu não ter encontrado a gravata borboleta do jeito que eu queria para o meu casório. Segundo, eu estava em um período sabático, com tempo para criar “sarna para me coçar”. Por fim, em terceiro, de 2003 a 2010, eu editei um semanário digital, junto com uma galera louca que também acreditou nessa minha ideia… lá se iam, portanto, quase dois anos sem ter algo meu; sem trabalhar num projeto meu, entende?

FTC: Com o que você se inspira para criar as edições?

Mark: Vira e mexe me fazem essa pergunta e, honestamente, não sei responder algo especificamente. A New Gents é sobre tudo o que eu acredito. Como diz o tagline da marca: velhos valores; novas atitudes. É sobre o que realmente vale a pena. É sobre um universo masculino que vai além de gêneros e convenções, mas passa pela hombridade.

Isso em âmbito conceitual. No aspecto criativo, a minha inspiração maior ainda é o inusitado temperado com irreverência. É buscar em modelagens, recortes, cores, tecidos e padrões as possibilidades New Gents para gravatas que fujam do convencional e do esperado. Por fim, a New Gents é talvez uma narrativa visual do que eu vejo por aí, das coisas que acredito e do que gosto.

FTC: Como as cores influenciam no seu dia a dia e nas criações da marca?

Mark: Filho de arquiteta, ainda muito moleque, quando tinha que ir pro escritório da minha mãe, acabava tendo apenas as cartelas de pantone de tintas de parede e alguns escalímetros para me entreter até ela acabar os trabalhos. Filho de piloto, quase sempre tinha a oportunidade de ver o mundo do alto. E a nossa geografia é bem colorida, né? Mar, terra, montanha, montes verdes, areia, diferentes tons de verde na vegetação… Pode soar meio piegas, mas acho que, hoje, a valorização das cores e a expressão por meio delas e das misturas possíveis pode ter vindo daí.

FTC: A marca tem uma pegada bem europa e vintage e é bem difícil encontrarmos algo nesse sentido aqui no Brasil. Como conseguiu transformar velhos valores em novas atitudes?

Mark: Não sei se podemos dizer que já fizemos essa transformação. O que posso afirmar é que a New Gents, entre outras coisas, está aqui para tentar, sempre que possível, nos lembrar do que vale a pena, das nossas origens, sem termos que viver de passado. É resgatar dessas origens o que vale a pena, mas para que seja vivido hoje, nas circunstâncias atuais. Por exemplo: se o cavalheirismo, antes, era oferecido pelos que trajavam gravatas às que trajavam luvas e sombrinhas, hoje, em tempos de urbanidade selvagem, é de bom tom que esse “cavalheirismo” venha de homens e mulheres, destinado a homens, mulheres, idosos, crianças, animais, ciclistas, pedestres, motoristas, atendentes.

Vale lembrar que há ainda muita inspiração bacana no site da New Gents e também em seu Facebook – NewGents. Adoramos essa atitude Mark, vida longa ao estilo!