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Spotify disponibiliza playlist com 60 músicas que promovem reflexão sobre respeito e igualdade entre homens e mulheres

#amarelas playlist spotify mulheres

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A playlist com 64 músicas e cerca de 4 horas de duração faz parte da campanha #AmarElas, criada pelo núcleo de inovação da RPC (emissora de TV paranaense afiliada à Rede Globo) e lançada em agosto em comemoração aos 10 anos da Lei Maria da Penha.

Com repertório variado, a lista tem músicas de Beyoncé, Nina Simone, Spice Girls, Aretha Franklin, Lady Gaga e Cyndi Lauper, e tem artistas como Pitty, Elza Soares, Karol Conká, Valesca Popozuda, Cássia Eller, Mc Soffia, Adriana Calcanhotto, Rita Lee e Clementina de Jesus no repertório brasileiro.

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No site, foram disponibilizados artigos, depoimentos de pessoas entre juízas, delegadas e psicólogas, relatos de mulheres vítimas de agressões e até mesmo o passo a passo de como denunciar a violência contra mulher.

“Simplesmente tirou a faca da cintura e falou pra mim assim: se você não ficar comigo, não vai ficar com mais ninguém. E os dois primeiros golpes foram no coração”, disse Aline Garcia, de 30 anos, em seu vídeo para a plataforma.

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“Temos evoluído bastante. As mulheres têm mais voz. Denunciam as desigualdades, lideram equipes no mundo corporativo, são ativas na economia. Mas temos evoluído o bastante? Ainda ouvimos notícias de mulheres agredidas diariamente; a bancada feminina no Congresso é minoria; as líderes de empresas têm o comportamento questionado apenas por serem mulheres. É, pensando bem, não evoluímos tanto assim. É preciso ação. #AmarElas é um convite. Ação é um remédio que não falha, que não expira e não tem gosto ruim. Vamos mudar essa realidade de uma vez por todas?”

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Em destaque, há o vídeo de Maria da Penha Fernandes, de 71 anos, inspiradora da campanha e homenageada pelo nome da Lei contra violência doméstica, por ter sido o primeiro caso a dar entrada na OEA (Organização dos Estados Americanos – mais direitos para mais pessoas).

Maria da Penha conta sua história de vida – o que passou por 23 anos com seu agressor e o que sente atualmente em relação a isso. “Lutei por 19 anos e 6 meses para que meu agressor fosse punido. O resultado da minha luta fez com que o Brasil criasse a Lei Maria da Penha”, diz ela.

“São mulheres corajosas que aceitaram compartilhar suas histórias mostrando o rosto para lutar por respeito e igualdade”, comenta a coordenadora da RPC Suzana Possamai.

A ideia é provocar uma mudança de paradigma e espalhar a palavra: É preciso ter respeito por elas. #AmarElas

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