Aline Watanabe já apareceu por aqui no começo do ano de 2015 e fez sucesso com suas tatuagens abstratas e figurativas. Na época como aprendiz, ela havia feito cerca de 20 tattoos. O melhor de tudo foi ver que em pouco tempo seu trabalho já tinha muita qualidade, além das pessoas se identificaram muito com seus desenhos autorais. Ela mesma não imaginava que isso seria o início de uma bela história e que os clientes fossem gostar tanto de sua linguagem.
Desde que começou, Aline conta que aprendeu muita coisa. Já são quase 10 meses tatuando profissionalmente. Hoje conversamos com a artista para saber como anda seu processo criativo, a definição de seu estilo, quais são seus maiores desafios e como ela vê seu progresso no trabalho. E que progresso! De aprendiz a mestre, o que já era bom, ficou ainda melhor: a combinação de cores (muitas vezes em degradê), as formas geométricas, a firmeza nos traços. Sua arte na pele é realmente única. Confira:
“Continuo aprendendo diariamente, mesmo tatuando sozinha, pois montei meu estúdio próprio num local que eu imaginava como estúdio de tattoo. Nunca curti muito ambiente tradicional, então desde o início eu imaginava sair desse contexto para tatuar. Agora trabalho num coletivo de artistas, então tenho contato com profissionais de várias áreas: arquitetura, design, fotografia, artes plásticas. Acho que um ambiente assim me oferece mais inspiração para minhas criações, além de eu me sentir mais a vontade num local mais tranquilo. Crescer sozinha às vezes é um pouco mais difícil, mas acho que o crescimento é maior pois você adquire mais responsabilidades.”
“Não sei muito bem definir meu estilo ainda, talvez continue abstrato figurativo, mas agora com o acréscimo do minimalismo, percebi que prefiro as formas chapadas, linhas bem definidas, uma composição mais limpa. Acho que estou em constante evolução e transformação. Tem dias que estou mais no preto, outros na cor, outros nos pontos, outros nas linhas.”
“O que eu mais agradeço são meus clientes que me dão muita liberdade para desenvolver as tattoos. A maioria não especifica muito como quer, talvez porque acabei realmente focando no abstrato e nos temas subjetivos, por consequência tenha mais liberdade de criação. No meu processo criativo só mostro a arte no dia agendado para tatuar, geralmente desenvolvo algumas horas antes da sessão. Sei que muitas pessoas ficam curiosas para ver, mas prefiro não mostrar a arte antes, já que ela é exclusiva”.
“Qualquer alteração que precisar faço junto com o cliente na hora. Isso às vezes causa insegurança, mas na maioria das vezes dá super certo e raramente o cliente pede alterações muito trabalhosas. Acho que o principal na tatuagem é existir confiança entre cliente e tatuador. Se a pessoa confia no meu trabalho não tem como ter erro, por isso sempre tento ser o mais sincera e transparente, porque tatuar realmente é uma troca de confiança.”
“Meus maiores desafios agora são aprimorar cada vez mais a técnica e a criação, para começar a tatuar fora do estado e do país.”
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