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Feira Plana, maior evento de publicações independentes, lança residência fixa para incentivar artistas

A Feira Plana já é o maior evento de publicações independentes da América Latina. E agora terá um espaço cultural, onde querem promover discussões e reflexões sobre tudo que diz respeito ao publicar, além de realizar um programa de residência artística focado em livros.

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Depois de uma viagem para Nova York, Bia Bittencourt voltou para o Brasil com uma ideia fixa na cabeça: criar por aqui algo parecido com o que viu na Art Book Fair – onde editores independentes dos quatro cantos do mundo expõem e vendem suas próprias publicações. Ela escreveu o projeto meio que na intuição e, como já tinha o contato de alguns artistas, logo publicou um edital e encontrou pessoas querendo se auto publicar.

A ideia saiu do papel com a primeira edição da Feira Plana, em 2012. Até agora foram quatro edições anuais, todas sediadas no MIS em São Paulo. Ao reunir tanto artistas, fotógrafos, designers, editores, produtores de livros e editoras fictícias num só lugar, a ideia do evento é de fomentar e divulgar publicações dos mais variados formatos saindo do eixo tradicional.

Copo cheio para os criativos de plantão, o evento fez tanto sucesso que cresceu e transbordou. Na última edição foram 500 inscritos, 140 projetos participantes e mais de 15 mil visitantes. “Era muito frustrante ver tanto trabalho bacana durar apenas um final de semana, era muito concentrado”, comenta Bia, que além de idealizadora e curadora da Plana também é artista plástica.

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“A curadoria é feita online, eu olho cada projeto e seleciono, essa pré produção sempre começa sete meses antes.”

A fim de ampliar ainda mais esse universo independente criativo, Bia montou um financiamento coletivo no Catarse para criar uma residência de artistas fixa no centro de São Paulo. Intitulada Casa Plana, o espaço de 160m² vai servir como QG e contará ainda com workshops, cursos de curta duração, grupos de estudo, cinéclub. “A proposta é que o financiamento sustente a Casa por 6 meses. Será um espaço bem democrático, com espaço para todo mundo”.

Além disso, lá também acontecerá uma residência artística de 40 dias que, com o apoio da editora da Cosac Naif, Meli-Melo Press e da gráfica Ipsis, pretende orientar, financiar e fazer com que 3 projetos selecionados possam se realizar. Não à toa, o edifício escolhido foi o Farol: prédio do Anhangabaú com mais de 70 anos que, hoje, abriga outros jovens empreendedores os quais repensam o meio urbano através de ações culturais .

“Qualquer espaço cultural agrega para a cidade e o centro está virando um espaço muito amigável para isso. A ideia é de ocupar mesmo e promover encontros”, conta Bia.

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Quem contribuir com o projeto terá direito a recompensas progressivas incríveis de acordo com o valor doado. Poderia contar todas elas aqui, mas deixo a curiosidade para que vocês entrem no site e descubram um pouco mais sobre esse projeto que está na contagem regressiva para acontecer: faltam apenas alguns dias para que o financiamento termine. Vamos ajudar?