Por Cendira Carvalho.
Cendira Carvalho, ou Dida, como é mais conhecida, aprecia o detalhe e o capricho. Sonhadora, rata de brechós e antiquários, essa fotógrafa é apaixonada também por dogs, gosta de correr, brincar de casinha (na sua versão adulta: pira em decorar a casa e servir lindas mesas de chá) e fica feliz quando constrói seus terrários.
Em 2008, a Landsnet (Companhia Nacional de Transmissão de Energia da Islândia) promoveu um concurso em conjunto com a Associação de Arquitetos, do mesmo país, com o objetivo de estimular e gerar novas formas para as torres de alta voltagem. Os competidores tiveram, como briefing principal, privilegiar o impacto visual das torres e linhas propostas, com atenção especial à relação dessas novas figuras em seus locais, especialmente em áreas urbanas. A criação, totalmente livre, permitiu que pudessem pensar em alterações pontuais, como em apenas parte das torres existentes, interferências no espaço onde estivessem localizadas ou mesmo uma mudança total de aparência das torres como até então são concebidas. Estamos falando de Islândia (80% de sua energia elétrica vem de fontes termais) e o aspecto sustentável foi pré-requisito; aliar forma à funcionalidade contemplando a viabilização futura do projeto sobre bases como custo reduzido, mínimo impacto ambiental e o tempo de vida do campo eletromagnético. A ideia vencedora foi essa, The Land of Giants, da renomada Choi & Shine Architects, que se diz especializada em design otimista, bonito e inspirador. Não há como duvidarmos disso; suas torres humanas articuladas são expressão indiscutível de uso aliado à sonho e beleza. Agora resta esperar e torcer para que, um dia, esses gigantes possam se erguer além do cenário virtual.