filme her joaquim phoenix
Cooltura

Follow the Movie: “Her” e as histórias de amor modernas

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Spike Jonze, é um diretor de comerciais e videoclipes consagrado (se é que isso existe). Já dirigiu filmes para a Adidas e Foo Fighters respectivamente, apenas para citar alguns. No currículo, 4 filmes hollywoodianos de certa fama – Quero ser John Malkovich (1999) e Adaptação (2002) são 2 deles. Jonze é o que podemos rotular, apesar de não gostar de fazê-lo, de diretor de filmes alternativos.

Antes do ótimo Her (2013), vencedor do Globo de Ouro desse ano na categoria Melhor Roteiro Original, Jonze vinha do sucesso de Onde Vivem os Monstros (2009) que é a adaptação para o cinema do livro infantil de Maurice Sendak.

Em Her, temos um bom elenco. Joaquin Phoenix é o protagonista, a voz de Scarlett Johansson – a antagonista, além de Amy Adams, Olivia Wilde e a mulher que não amava os homens, Rooney Mara. O Filme se passa em um futuro próximo. Com todo o cuidado para locações e principalmente figurinos, cabelos mal penteados e peças de roupas contrastantes que parecem ter saído de algum brechó.

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Que o diga as muitas calças saint-tropez de Theodore (Joaquin Phoenix), com uma cintura tão alta que renderia a Leandro & Leonardo o convite para fazerem parte da trilha sonora. Jonze, se inspirou fortemente no visual Hipster.

O filme, se for dissecado apenas ao ponto principal de sua história, soa como uma “viagem” ou uma grande bobagem. A história de um nerd solitário que trabalha como redator em uma espécie de Hallmark de cartas pessoais, sem muitos amigos e frustrado com o fim de seu casamento, busca aconchego e amizade (que posteriormente vira amor) em um sistema de inteligência artificial.

É, não parece algo que valha uma meia entrada ou inteira no guichê. Mas Spike, se mostra habilidoso no roteiro e nos dá metáforas e diálogos interessantes. Enterra o famoso clichê: “os opostos se atraem” e expõe a cada vez maior, busca por afinidades nos relacionamentos amorosos. Principalmente online.

No final, a sensação que o filme nos deixa é uma espécie de questão a la Tostines: é possível, entre parceiros amorosos, existir sentimentos com a total ausência do contato físico ou é possível, entre parceiros amorosos, existir apenas contato físico com a total ausência de sentimentos?

Me parece que as histórias de amor no cinema serão sempre as mesmas. O que mudará, serão as várias maneiras de contá-las.

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