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Surrealismo, crítica ácida, psicodelismo e humor peculiar. Conheça as composições únicas do brasileiro Gabriel Tropz

“The Creation of Adam”

Da ilustração até a manipulação de imagens, Gabriel Tropz se define como metido a artista, mineiro de coração e v1d4 l0k4 por natureza. Engajado no social por meio das artes, que tem como característica um caráter revolucionário, ousado, crítico, atual, seu trabalho tem pitadas de psicodelismo nas composições. “Em um tempo em que a imagem é banalizada pela propaganda, mesmo tendo que sobreviver nesse ninho de cobras da publicidade, extraio bem a arte do lixo”.

Gabriel Tropz conta que desde criança se interessa por artes em geral, por conta de sua mãe que o estimulava muito sobre o tema. No decorrer da vida, se formou em Web Design, linguagem que se torna presente em suas composições. “Sempre tive uma mente bem criativa, um humor peculiar e uma vivência política presente, fui trabalhando sob essas pilares, até chegar no resultado atual”.

Hoje, suas obras carregam um teor auto-irônico para trazer uma reflexão no espectador: “Geralmente é uma crítica a sociedade de consumo ou puro humor infatilóide (rs)”. Surrealismo e esse humor peculiar que Gabriel fala são suas características mais marcantes.

Conversamos com o artista para saber um pouco mais de suas inspirações. Confira entrevista exclusiva:

“No Abismo”

GABRIEL TROPZ PARA FTC

FTC: Como você preenche atualmente sua bio nos diversos sites e redes sociais em que participa?

Preencho sempre em lista, me defino como artista conceitual, poeta visual e mexista (movimento artístico, político e filosófico surgido no brasil em 2015). O termo mexista é um termo puramente redundante, que remete ao próprio movimento humano, se você se mexe, você é mexista… A gente tá tocando esse movimento artístico como forma de sair pra rua, sair das universidade, provar que tudo é arte e que é pra todos… principalmente para as classes mais baixas que dificilmente colam no museu.

“O Iluminado Mundo de Bobby”

FTC: Qual foi seu momento “a-ha”, seu estalo, para se interessar pelo assunto que aborda em suas obras?

Sempre me interessei por desenho, mas a virada de chave no conteúdo das minhas obras foi quando estava me arrependendo no curso de publicidade e propaganda pela PUC Campinas, diante de toda aquela podridão da indústria como didática, comecei a ter um envolvimento maior com a galera do curso de artes visuais da mesma universidade.

Iniciei novamente um trampo profundo em cima de ilustrações, tentando sempre trazer algum significado por meio do surreal… no ano seguinte ingressei no curso de Artes Visuais pela Universidade Federal de Uberlândia, onde conheci novas técnicas, novos conceitos… enfim foi nesses anos que me descobri de fato como artista.

“Jovem Artista – Arte Moderna” 

FTC: Quais materiais mais utiliza?

Faço a arte com um bom acabamento no papel (qualquer papel) com tinta nanquim, e passo pro digital, utilizando illustrator e photoshop. Quando é manipulação de imagens, utilizo da fotografia também.

“Aquela make bafo para um pouco de horrorshow”

FTC: E agora, o que vem pela frente?

Estou focado em amadurecer cada vez mais o senso crítico em minhas obras, democratizá-las expondo em áreas comuns e públicas, utilizar a arte como protesto SEMPRE. Além de estar experimentando novas técnicas como colagem e aprimorando minha técnica em pintura.

“O Beijo”

FTC: O que tem lido, ouvido, visto, quais são os artista preferidos no momento?

Meu eixo de artista vai dos surrealistas Magritte, Frida Khalo e a galera dos quadrinhos como Adão Iturrusgarai, Robert Crumb, Allan Sieber… ultimamente tenho pirado muito no conceito de poesia visual (Joán Brossa, Chema Madoz), além de ser grande fã dos artistas Mexistas, como Cleiton e Cleo Custódio, Larissa Ribeiro, Bonitinho Alegre, Moana Marques.

Música faço um equilíbrio entre a música psicodélica brasileira (Jupter Maçã, Museu do Esquecimento…) e o punk rock nacional, são os meus pilares e acho que o mais se assemelha a minha arte. Ando lendo as obras de George Orwell e a galera dos Beatniks.

“Sabor”

FTC: O que te dá mais prazer no seu trabalho? E o que dá menos?

Meu maior prazer é a troca que ele me proporciona, os amigos que eu faço no meio artístico, quanto a interação de quem está observando e as várias reflexões que meu trabalho acarreta a eles. O que me dá menos prazer é quando percebo quanto a arte ainda é algo puramente burguês e acadêmico, como afasta o público comum mesmo que involuntariamente.

“Mundo Poop”

FTC: Quando viu que dava pra viver disso, ou não dá? Quais as dificuldades nessa carreira?

(rsrsrs) Ainda não dá! Nem sei se vai dar um dia… já meio que me acostumei com isso, prefiro acreditar no que eu desperto nas pessoas e na troca que temos a partir desse contato.

“Cinderela scene crocs”

“American Grunge”

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