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O que já era bom, ficou ainda melhor. A evolução em blackwork do fantástico artista Gustavo Abreu

mineiro Gustavo Abreu desenha desde que se entende por gente. Gustavo trabalhou um tempo com marketing, mas decidiu se demitir do emprego fixo para ir em busca do que acreditava e de sua grande paixão: a tatuagem. Depois de alguns meses trabalhando como aprendiz, ele resolveu abrir o seu próprio estúdio em Contagem, MG. Agora, após um período de descobertas, está de casa nova em Belo Horizonte, MG.

O artista, que há um ano atrás em entrevista ao FTC dizia se manter sempre em busca de novos aprendizados para aperfeiçoar seus traços e linhas em blackwork, realmente honrou com a palavra. Após mostrar aqui sua perfeita mistura entre técnicas em pontilhismo, realismo, traços trash, sketches, aquarela, Gustavo mais uma vez se supera.  

Hoje conversamos com o artista para saber como anda seu processo criativo, seu estilo, quais são os maiores desafios e como ele vê seu progresso no trabalho. E que progresso! De aprendiz a mestre! O que já era bom, ficou ainda melhor: a definição dos traços em tinta preta, as formas aplicadas através de pontilhismo, a preocupação com os detalhes.

Sua arte na pele é realmente única! Confira suas novas criações:

FTC: O que mudou desde quando você começou a tatuar?

Eu tento manter a mesma energia de quando comecei, no sentido de buscar evolução sempre. Quanto mais eu vivencio essa profissão, mais vejo que é um contexto em que acontecem mudanças em pouquíssimo tempo. Mesmo assim, é impossível dizer que não houveram mudanças.

Hoje meus clientes tem muito mais confiança no meu trabalho, essa é a melhor parte! Tenho conseguido cada vez mais passar minha intenção e essência. A tatuagem é feita de inúmeros elementos que juntos mostram uma mensagem. Digamos que meu vocabulário está maior e consigo dizer mais coisas que quando comecei.

FTC: Quais seus maiores aprendizados?

Viver essa profissão é um desafio pessoal. Vários fatores fazem da tatuagem meu contexto favorito, mas um que sempre me deixou desconfortável foi o fato de lidar com pessoas novas todos os dias. Tenho ansiedade social, o que me deixa ansioso demais na maioria do tempo.

Controlar essa situação, entender o cliente e estabelecer um vínculo foi meu maior desafio e meu maior aprendizado desde 2015, quando fiz minha primeira tatuagem de forma profissional.

FTC: Hoje você tem um estilo bem mais claro. Como você definiria a sua arte?

Eu definiria minha arte como expressão. Eu não consigo pensar na tatuagem de outra forma. Por isso procuro entender o cliente antes, ouvir um pouco sobre sua história, sobre a intenção do trabalho, pra poder acertar no desenho final. Trabalhei um tempo como designer gráfico, o que me ajudou/ajuda muito no meu trabalho hoje.

 

FTC: Quais os seus maiores desafios?

Eu tenho muita dificuldade de lidar com redes sociais, mensagens… Eu estou em um processo de entender que isso faz parte da vida e que não tem como fugir hahaha. Estou tentando mudar isso aos poucos.

FTC: O que vem pela frente?

Decidi viajar como guest pra visitar alguns artistas, trocar experiências e conhecer novas histórias. Estou confirmado em outubro/2017 pra ir pra São Paulo, logo logo vou publicar todos os detalhes!

GUSTAVO ABREU – DE APRENDIZ A MESTRE

“Sinto que estou sendo mais sincero comigo e com meus clientes quando coloco mais de mim nos meus traços” – Gustavo Abreu, sobre ter um estilo único.

Acompanhe o trabalho de Gustavo Abreu no Facebook e no Instagram.

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