Qual a semelhança entre um jogador de videogame e um artista? Os dois precisam usar as mãos habilmente para alcançar seus objetivos. O artista sueco Per Fhager une arte e games, mas enquanto os jogadores manipulam um joystick, ele usa agulha e fios.

Os pontos são transformados em pixels em seus bordados, e, com eles, imagens de jogos clássicos de videogame em 8 e 16bits são recriadas.

O seu trabalho de bordado é um perfeito exemplo de como as atividades manuais tradicionais podem ser transformadas e receber novos significados em contextos modernos.

Com diferentes texturas, cores e técnicas, as imagens despertam nostalgia em qualquer pessoa que já tenha se aventurado em jogos como Super Mario, A Lenda de Zelda, Megaman e outros da era dos anos 90.

Fhager joga videogame desde a infância, e conta que sempre foi fascinado pelos movimentos, músicas, cores, desafios e principalmente pelos gráficos dos jogos. Desde então, o mundo único dos games inspira e influencia suas criações artísticas.

“Na minha adolescência, eu experimentei usar bordados para fazer desenhos baseados nos gráficos pixelados de videogames. Cerca de dez anos depois, eu fiz essa conexão novamente, o que levou a minha primeira peça, finalizada em 2008. Logo, eu percebi que essa seria apenas a primeira de muitas cenas de videogames que eu gostaria de recriar dessa forma”, diz o artista em entrevista ao Nintendolife.

“A limitação e simplicidade de gráficos em pixels nunca vai deixar de me atrair. É fascinante como essa expressão visual moderna tem tanto em comum com uma atividade tão antiga e tradicional como o bordado. Ambos os mundos me interessam, mas o resultado combinado de quando eles se encontram é o que me impulsiona em minha arte”.

Os bordados são coloridos e vibrantes, e evocam o movimento frenético dos fliperamas e telas de TV, mas de forma estática.

Na visão do artista, os jogos permitem experiências atemporais. Por isso, ele gosta tanto dos mais dos clássicos, criados há vinte anos, como dos títulos contemporâneos.