Julia Kruger conheceu a fotografia aos 12 anos de idade, quando se encantou com a arte de congelar no tempo tudo que existe de precioso aos olhos. Com o passar dos anos, fez dessa arte sua profissão. Ela graduou-se em Fotografia na Universidade de Caxias do Sul, e teve ainda a oportunidade de estudar com grandes nomes do cenário Nacional e Internacional, como Maja Topcajic e Aléssio Albi.
Depois de atuar em diversas áreas, encontrou sua verdadeira paixão e hoje trabalha apenas com belos ensaios femininos conceituais. Atualmente, Julia se dedica a essa série incrível que reverencia e homenageia a beleza da mulher envolvida pela natureza, além de ministrar workshops. Aos 22 anos, a profissional já realizou trabalhos em diversas partes do Brasil e da Europa, como Irlanda, França e Reino Unido.
“Cada ensaio é único. Utilizo em minhas composições diversos elementos da natureza, estou sempre a procura de particularidades nas paisagens naturais. Viajo em busca de novos lugares, novas histórias, sempre com olhar atento a harmonia entre a mulher e o ambiente. A natureza revela a mulher e sua própria natureza.”
Com uma mente tranquila de quem sabe que está no caminho certo e o coração apaixonado pelo seu ofício, Julia contou um pouco ao FTC sua trajetória e nos inspirou com as palavras nessa entrevista única. Confira:
FTC: Conta pra gente num tweet, quem é a Julia?
Uma pessoa apaixonada por fotografia, natureza, livros, séries, filhotes e conhecer pessoas!
FTC: Qual foi seu momento “a-ha”, seu estalo, para se interessar pela fotografia?
Gosto de fotografia desde criança. Adorava quando me deixavam tirar uma foto naquelas câmeras analógicas antigas e passava horas olhando as pilhas de fotografias que tínhamos em casa, espalhando tudo pelo tapete da sala. Aos 12 anos ganhei minha primeira câmera, uma bem simples, Cyber Shot compacta. Fui me apaixonando cada vez mais e aos 17 anos comecei a fotografar profissionalmente. Aos 21 anos me graduei em fotografia na Universidade de Caxias do Sul e até hoje o amor pela profissão só aumenta!
FTC: Quando resolveu viver da sua arte?
Nunca tive outro emprego, desde que ingressei no mercado de trabalho sou fotógrafa. Porém trabalhava com todo o tipo de fotografia, casamento, gestante, etc. Até que isso não fazia mais sentido para mim. Criei coragem, larguei tudo, desisti de uma clientela fixa e de um estúdio para fotografar o que eu realmente amo, a minha verdadeira arte!
No início foi bem difícil, mas agora as pessoas estão se encantando com esse estilo de fotografia diferente e tenho clientes que se identificam com a minha forma de fotografar. Atualmente trabalho só com Ensaios Femininos e sempre dessa maneira mais artística.
FTC: Como surgiu essa sua relação com as mulheres e os elementos naturais?
Acredito que é necessário nos afastarmos um pouco do conforto do nosso ambiente para vermos as coisas melhor. Sempre tive muita paixão por fotografar na natureza, lugares mais puros e silenciosos. Somo seres da natureza e é incrível como a conexão que se cria entre as mulheres e a natureza é tão bela e sensível.
Naturalmente fui me apaixonando cada vez mais por essa conexão e explorando composições mais ousadas com os elementos naturais, como nessa foto em que fiz um vestido de folhas.
FTC: Pode contar pra gente um pouco de como o seu trabalho se destaca?
Muitos fotógrafos não fazem trabalhos diferenciados por medo de que não venda ou que não seja aceito. Minha fotografia segue uma proposta diferente dessa fotografia “comercial” que vemos por aí. A mulher tem que se permitir essa experiência de ser retratada como uma obra de arte.
O foco das minhas fotografias não é a maquiagem, os cabelos elaborados ou looks produzidos, mas sim a pureza da beleza da mulher. Não tenho medo de fazer composições diferentes utilizando os mais diversos elementos da natureza. Meus ensaios são um momento para a mulher se distanciar de tudo, sentir-se leve e linda.
FTC” Suas fotos seguem todas um mesmo padrão de cor. Pode falar um pouco mais sobre isso?
Minha fotografia tem muita influência da fotografia da Europa. Amo o estilo de fotografia de lá. Uma das manifestações disso é a minha edição das cores. Cada fotografia é predominantemente de uma cor, quase uma monocromia. Adoro a harmonia que isso dá para a imagem.
“A finalidade da arte é dar corpo à essência secreta das coisas, não é copiar sua aparência.”
FTC: O que te dá mais prazer no seu trabalho? E o que dá menos?
A conexão que se cria entre eu e minhas clientes e as histórias que a fotografia me proporciona. Cada ensaio é único, lugares que descobrimos, conversas que compartilhamos e de toda essa experiência resultam fotografias incríveis!
O que me entristece é que ainda me deparo com muitas pessoas de mente fechada para a fotografia enquanto arte. Acreditam que não podem fazer um ensaio de forma artística e ainda vendê-lo, como se houvesse dois mundos: o artístico e o comercial. Eu vivo os dois.
FTC: Agora, o que vem pela frente?
De novidade tenho o lançamento do meu Workshop Natureza Revelada, ainda sem data marcada, mas vai acontecer no segundo semestre do ano, quando volto da Itália onde vou estar fazendo cursos de fotografia e me especializando mais na minha área. O lançamento será divulgado no site e nas redes. Também acontecerá a minha palestra no Evento Fotográfico Sentidos no dia 02/04, já estou ansiosa!
FTC: Pra finalizar, um bate bola jogo rápido.
Um livro? O Nome do Vento. Filme? Muitos! Atualmente La la land!
Artista/Designer/Fotógrafo (a)? Alessio Albi (Fotógrafo). Sobremesa? Cheesecake. Se ganhasse na loteria? Viajaria o mundo fotografando. Meio clichê, mas não deixa de ser incrível!
“A minha paixão é fotografar mulheres envolvidas pela natureza. Envolvidas, abraçadas, cobertas… a conexão que se cria entre elas é tão bela e sensível, tão autêntica e única, que cada ensaio se torna um novo mundo inteiro para explorar. A mulher e a natureza são belas e misteriosas; delicadas e poderosas.”
Para ver mais ensaios, confira o site de Julia Kruger. Acompanhe também as atualizações de seu trabalho no Facebook e Instagram.