Estudo Pedalando na Cidade traz reflexões criativas e nova perspectiva sobre o uso da bicicleta no Brasil.
Durante 4 meses, o pessoal do Thinking Insight se dedicou a analisar e traçar um panorama sobre a relação das cidades e as pessoas que andam de bicicleta, avaliando desde traços comportamentais, como o de ir à academia de bicicleta depois do trabalho, até percepções de pessoas que não pedalam, sobre o que elas acham das modificações urbanas que estão sendo feitas para os ciclistas.
Diante de todas essas reflexões, surgiu o projeto Pedalando na Cidade, estudo sobre o uso da bicicleta no Brasil, já que a mobilidade urbana é um tema cada vez mais debatido por veículos e sociedade. Toda a ideia foi desenvolvida por que eles acreditam que quando algo é entendido, ele pode ser melhorado. Neste caso, especificamente, usaram a metodologia de trabalho para propor iniciativas criativas que possam transformar o trânsito em um local mais amigável, as ciclovias melhores e os estabelecimentos adaptados para um público que tende a crescer.
Se você tem uma bike ou é entusiasta sobre o assunto, confira a entrevista que fizemos com o pessoal do Thinking Insight para saber mais sobre suas inspirações:
FTC: Queria que vocês falassem um pouco sobre como chegaram até a ideia do Pedalando na Cidade.
Criamos a Thinking Insight porque acreditamos que dados de inteligência de mercado podem ser trabalhados com processos criativos para que ideias surjam e consigam, efetivamente, melhorar a experiência das pessoas. Assim notamos que poderíamos ir além das discussões que estavam acontecendo sobre as ciclovias e contribuir com um olhar mais analítico e criativo sobre o uso de bicicleta, a convivência no trânsito e como uma simples alternativa de transporte pode influenciar a sociedade e o comércio.
FTC: Quantas pessoas foram envolvidas no projeto?
Todo o projeto foi idealizado por nós da Thinking Insight. Pensamos em cada detalhe e tivemos a felicidade de contar com a participação, incentivo e divulgação do formulário de pesquisa em muitos sites e blogs relacionados a bicicletas, como o Bike é Legal, da jornalista e cicloativista Renata Falzoni, por exemplo.
Além disso, contamos com a participação de empresas e pessoas parceiras nas áreas de pesquisa (Guilherme Carneiro), desenvolvimento (HighLabs), criação (Agência Sassarico), produção (Tamarindo Filmes), plataformas (Base3) e tecnologia, como foi o caso da Evolob, que participou com a gente no processo de brainstorm e concepção do protótipo que poderá ser viabilizado futuramente para melhorar a experiência das pessoas que andam de bicicleta pelas ruas das cidades.
FTC: Qual a curiosidade/fato mais interessante que descobriram durante a pesquisa?
Foram vários. Do ponto de vista social foi notar no monitoramento de mídias sociais que as mulheres comentam bastante que andam de bicicleta. E isso é incrivelmente positivo, pois colabora – ainda mais – no rompimento de tabus superficialmente camuflados.
Do ponto de vista tecnológico foi perceber que, no geral, as pessoas que usam a bicicleta no dia a dia são bem carentes de serviços e/ou produtos que facilitem suas vidas – algo que abre uma série de oportunidades e possibilidades para o comércio atuar.
“Pessoas que não andam de bicicleta gostariam apenas que os ciclistas utilizassem equipamento de segurança para fazer do trânsito um local mais amigável.”
FTC: Com o que vocês se inspiraram para criar a pesquisa?
Temos visto que as principais cidades brasileiras estão investindo em transporte alternativo e o que se nota, até então, são críticas que talvez existam pela falta de uma perspectiva diferente. E como acreditamos que inteligência de mercado e criatividade podem melhorar a experiência das pessoas e sociedade, de modo geral, resolvemos trabalhar nesse projeto que foi disponibilizado gratuitamente, para que se fomente – ainda mais – a importância que a bicicleta terá nas cidades nos próximos anos, do surgimento de novos comércios à saúde das pessoas.
“Os aplicativos mobile voltados a quem anda de bicicleta estão em avanço, mas notamos que eles podem ser mais funcionais e transmitir maior comodidade.”
FTC: 5 Coisas que uma pessoa com bicicleta não deve viver sem?
-Um bom sorriso por fugir do congestionamento;
-Água e roupas leves para fazer um percurso tranquilo;
-Travas U-lock ao invés de simples correntes para evitar dores de cabeça;
-Capacete, lanterna traseira e farol dianteiro;
-Bom senso no trânsito, pois a rua é de todos.
FTC: Uma frase que resume muito esse movimento, essa perspectiva sobre a bike no Brasil.
O novo sempre será difícil, mas a mudança acontece.
Clique aqui para fazer o download completo e gratuito do estudo Pedalando na Cidade. É realmente muito legal!