Lenço, blusinha, turbante. Deixar de ser nada e passar a ser tudo. Essa é a proposta da pano, marca brasileira de estampas

Um corte de tecido que pode ser utilizado de muitas formas. Conheça a ideia da pano, marca brasileira de moda colaborativa, local e independente.

A carioca Tatiana Ribeiro de Castro se relaciona com desenho, cores e design desde que se conhece por gente. Seu pai é designer gráfico e ela cresceu nesse universo cheio de estímulos visuais, que a incentivaram a se expressar dessa maneira. Ela então ingressou profissionalmente nessa área e criou identidade visual de marcas, catálogos e materiais gráficos e, paralelamente a isso, voltou a desenhar e pintar – foi aí que a vontade de criar estampas surgiu.

“Foi nessa época que a minha paixão pela natureza despertou, pois comecei a olhar mais atentamente os detalhes, formas, cores, texturas e percebi a riqueza infinita em cada grão, fruta, folha, pedra. E assim as aquarelas de laranja, folha, lagosta, abacaxi, onça e etc, tomaram forma no papel. Mas eu queria ir além. Precisava ver minhas estampas ganhando vida, assim como já via os meus outros trabalhos. Queria vê-las em tecido, como se fosse um portfólio ambulante”, explica Tati.

O impasse estava no tempo livre que tinha: Tati ainda trabalhava e estudava, portanto o horário para sair a procura de costureiras, modelistas e de pensar em peças de roupa que podia fazer, era curto.

“Foi aí que veio a ideia do pano (pano, com letra minúscula mesmo!), que nada mais é que um corte de tecido de aproximadamente 1,40 x 0,75m que deixa de ser nada e passa a ser tudo. Um produto simples, versátil e livre, bem a cara do Rio!”, conta ela.

E Tati afirma que o contato com clientes e amigos foi e é essencial: “O mais legal é a interação que eu tenho com as pessoas em relação a isso. Muita gente contribui com novas ideias, outras vêm me perguntar pessoalmente como fazer uma amarração e por aí vai. É uma troca constante que aproxima muito mais a marca do público. Todo mundo colabora e faz acontecer! Por isso temos a sessão ‘pano por aí’ nas redes sociais, onde mostramos as pessoas usando seus panos da forma como decidiram”.

Foi assim que ela levou a marca para a MALHA, espaço de coworking do Rio de Janeiro recém-inaugurado, que conecta criadores, empreendedores, produtores, fornecedores e consumidores pela construção de uma moda sustentável, colaborativa, local e independente.

Além desse encontro, rola palestra, bate-papo e cursos por lá. Eles possuem também uma fábrica compartilhada, estúdio fotográfico, restaurante, laboratório de inovação. Para ela, essa plataforma chegou para somar: “Esse espaço que a Malha dá para pequenas marcas que têm um propósito é excelente. Todos que estão lá querem vender, claro, mas ninguém estimula a venda pela venda. Queremos vender mas também queremos que conheçam as histórias por trás das peças”.

pano deixa de ser nada e passa a ser tudo. É canga, pareô, lenço, turbante, top, toalha de piquenique, caminho de mesa, o que você quiser!

Lá, a Tati é residente flex, ou seja, tem um espaço na sala de coworking (por enquanto não ocupa um container – os escritórios/ateliês, onde já estão algumas marcas). “Já está sendo uma experiência incrível. Todo dia acontece algo novo, sempre tem gente diferente, é uma circulação diária de novas pessoas. Além disso, um acaba colaborando para o crescimento do outro, existe muita troca lá dentro”.

E isso a pano comprova: a estampa de laranja foi parar na “cadeira MALHA”, criada em parceria com o espaço Semente, que é um makerspace, vizinho da MALHA em São Cristóvão. A Tati é a primeira residente a estampar a cadeira com design divertido, já que eles trabalham para ter uma coleção exclusiva de estampas no futuro.

Além da MALHA e das colabs, Tati cria todas as patterns exclusivas feitas à mão a partir de aquarelas ou canetas especiais. O pano é confeccionado em tecido sintético com textura e caimento semelhantes à seda e mede aproximadamente 1,40m x 0,75m. É bem leve, seca super rápido, não precisa ser passado a ferro e, por isso, muito prático.

Para quem não se arrisca (ainda!) nas amarrações, usar o pano como lenço ou canga é uma ótima ideia. Já quem gosta de ousar, a imaginação é o limite. Ideia simples e genial, não?

Conheça melhor a pano e confira a loja virtual. Acompanhe também as novidades da marca no Facebook e Instagram.