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Projeto #asfloresdapele une fotografia, lambe-lambe e crochê e traz para as ruas um ensaio que mostra o poder da mulher

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Karen Bazzeo é a cabeça e o coração por trás do DoloreZ CrocheZ, ateliê criativo que tem como missão inspirar transformações artísticas, principalmente em espaços públicos. Em uma entrevista exclusiva para o FTC, Karen contou um pouco mais sobre o seu trabalho, entre eles, o mais conhecido “A rua é minha tela”, em que a artista, ao invés de usar tinta, cria artes inspiradoras em crochê e cola nos muros de São Paulo.

Karen espalha diversas instalações artísticas pela cidade e participa de ações especiais utilizando o mesmo material. Entre as linhas e agulhas, ela diz que isso levou a desprender-se da própria criação, deixando que a arte se espalhe e tome rumos desconhecidos.

Agora, em parceria com Lucas Hirai, fotógrafo autodidata que explora as formas de expressão e interação com o meio urbano, e mais 8 mulheres, a dupla criativa nos apresenta seu mais novo projeto: #asfloresdapele. Eles explicam um pouco mais, confira:

Oito corpos, formas, texturas e cores que se entrelaçam. #asfloresdapele revela de forma crua e com ternura as expressões de liberdade feminina e seu poder criativo.

A intervenção une fotografia e crochê e traz para as ruas um ensaio com mulheres incríveis. No formato de “lambe-lambe” com a aplicação de flores de crochê, essas imagens foram espalhadas por São Paulo.

“O projeto #asfloresdapele começou com um encontro despretensioso entre 8 amigas. A primeira reunião aconteceu para a produção de algumas fotos para o Festival Órbita e depois disso passaram a ser mais frequentes. As conversas sempre esbarravam em assuntos voltados ao feminino, ativismo e o poder da mulher no mundo e na arte contemporânea. Todas as mulheres envolvidas trabalham direta ou indiretamente com essas questões. Assim, a relação de cada uma foi muito autêntica.”

“O nome do projeto é uma referência a expressão “à flor da pele”, que nesse caso, representa um sentimento latente, presente nas mulheres. Todas tem algo a manifestar. Nele, o próprio corpo foi utilizado como expressão, quando na maioria das vezes, é visto de forma erotizada e não natural. As fotos colocadas na cidade de forma direta dão luz para que esses sentimentos brotem e se expressem de forma orgânica.”

Segundo Karen e Lucas, as intervenções urbanas estão tendo uma repercussão muito legal, por isso a ideia é evoluir cada vez mais. “Os próximos passos incluem lambes em tamanhos maiores espalhados pela cidade, um mini documentário e também uma exposição, que acontecerá em junho.”

Através de seus trabalhos, Karen e Lucas naturalmente, querem mostrar cada vez mais a feminilidade e tentam sempre levantar essa bandeira em seus trabalhos, para que mais mulheres mostrem seus pensamentos e se posicionem. “O crochê e a fotografia são os nossos instrumentos, nossa forma de gritar o que é inexpremível.”

Encontrou alguma das intervenções de #asfloresdapele pelas ruas? Tire uma foto e poste com a hashtag!

Acompanhe o projeto no Facebook: /dolorezcrochez. No Instagram: @dolorezcrochez e @lucashirai Blog: dolorezeeu.

Imagens: Nick Gomes e Lucas Hirai.

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