Um projeto fotográfico de dança que alia o movimento com o contraste do espaço urbano, sempre com uma estética preto e branco. A busca pelo equilíbrio descobrindo as possibilidades do corpo e fazendo essa interação com o meio urbano é ideia da fotógrafa Carol Oliveira, que cada vez mais se aprofunda no estudo dessa técnica.
Registrar o instante mágico que a fotografia proporciona é a grande paixão de Carol, que adora observar novas perspectivas. Apesar de trabalhar como estilista em várias marcas de moda, seu interesse pela imagem visual naturalmente acabou se destacando. Ela então resolveu unir todo seu conhecimento sobre moda e marketing com a fotografia.
Carioca, Carol conta que adora circular pelo Rio de Janeiro e conhecer cada cantinho, esquinas e pessoas da Cidade Maravilhosa. Não a toa já realizou editoriais para marcas renomadas, além de criar com sucesso seu projeto autoral intitulado DMBW – que traz imagens de diversos corpos em movimento pelas ruas do RJ.
Recentemente, em uma parceria com a artista Alinet, que trabalha de forma fluida e instintiva, as fotos ganharam cores e interferências vibrantes – utilizando técnicas variadas como decupagem, bordado e desenho. O resultado final não poderia ser mais inspirador!
Conversamos com a fotógrafa para saber um pouco mais sobre a ideia. Confira:
FTC: Carol, como você chegou até a fotografia?
Não foi amor à primeira vista, tomei pau na faculdade na matéria de fotografia (risos). Trabalhei um bom tempo com moda, uns 7 anos, nas áreas de desenvolvimento de produto e marketing e sempre me pegava prestando mais atenção nas fotos do que nas roupas em si enquanto fazia pesquisa.
Quando saí de um emprego de estilista de uma marca, resolvi me dedicar a fotografia e estudar. Fiquei bem obcecada como sou até hoje em aprender tudo. Naturalmente a fotografia de moda se tornou a minha segmentação escolhida.
FTC: O que é arte para você e como você definiria a sua arte?
Arte é manifestação do interno. É o jeito que a gente mostra algo, sem o limitante das palavras.
FTC: Com o que você se inspira?
Filmes, muito filmes. Sempre que eu tenho um tempinho entre uma coisa e outra eu tento ver alguma exposição. Tem muita coisa boa por aí, sou capaz de ficar horas também no Instagram vendo o trabalho de vários artistas.
Estou em uma fase de audiobook, sempre tento ler e escutar coisas que não tem nenhuma ligação direta com fotografia, para ir além do meu trabalho.
FTC: Qual foi seu momento “a-ha”, seu estalo, para criar o projeto DMBW?
Acho que não tive o momento a-ha. O que me faz/fez continuar fotografando bailarinas e bailarinos é essa leveza e um infinita possibilidade de poses.
FTC: Como surgiu essa sua relação com a dança?
Eu estava num momento muito de auto-conhecimento, já fazia meditação e fiz um tempo de maracatu. Hoje faço Yoga, esse conhecimento do meu corpo fez com que a minha curiosidade sobre o corpo despertasse. E a melhor forma de aprofundar isso foi pelo meio da fotografia.
FTC: E a parceria com a Aline?
A Aline é minha amiga desde de faculdade de moda. Foi engraçado que no primeiro dia de aula ela foi a primeira pessoa que eu troquei ideia. Desde de então estamos aí. Hoje ela mora em Buenos Aires e vira e mexe está no Rio. Agora ela tá tatuando também e eu virei cobaia. Ela fez um David Bowie no meu braço.
FTC: O que tem lido, ouvido, visto, quais são os artista preferidos no momento?
Eu tenho uma mania de sempre ler mais de um livro ao mesmo tempo. No momento eu estou lendo Sapiens (Yuval Harari) e Propósito (Sri Prem Baba).
Música tá rolando um vício bem forte no som da Mahmundi e Sambazo, do Thiago França que é saxofonista do Meta Meta.
Para se inspirar mais com as possibilidades do corpo e da dança, acompanhe o projeto DMBW e o trabalho de Carol Oliveira em seu site e no Instagram.