Ron Geipel utiliza bactérias para manipular o filme analógico e produz fotografias únicas, que depois são digitalizadas

Ron Geipel utiliza bactérias para manipular o filme analógico e produz fotografias únicas, que depois são digitalizadas

Conheça as cores e formas do mundo orgânico criado por bactérias e transformados em fotografias únicas por Ron Geipel

Com um surpreendente formato da fotografia, o alemão Ron Geipel que divide seu tempo entre Berlim e São Paulo, sugere uma visão diferente da ideia ultrapassada das bactérias como precursoras de doenças.

E ao revelar um mundo invisível a olhos nus e dar forma a esse processo complexo e abstrato, ele expõe a beleza oculta desses organismos que vivem à nossa volta e dentro de nós.

Essa dança simbiótica, onde o imperceptível e o desconhecido se materializam, é o ponto de partida do trabalho do artista. Ela dá origem a imagens que mostram universos inteiramente diferentes: sobreposições detalhadas do perceptível e do invisível, daquilo que é geralmente visível e do que é frequentemente ignorado, e do divergente e do orgânico.

O resultado dessas imagens é uma inesperada metamorfose do real para o surreal, que começa desde o que é representacional chegando até a mais pura abstração.

MADE BY BACTERIA E MODIFIED BY BACTERIA

O projeto de Ron Geipel explora como tema a vida, o caos, a transformação e a coexistência, numa espécie de colaboração com a natureza, trabalhando na intersecção entre arte e biologia. “O mundo bacteriano é muito complexo e, por algum motivo, estes micro-organismos estão sempre associados às noções negativas, na maioria das vezes como inimigos que precisam ser erradicados. Tendo em vista que eles são altamente inteligentes e adaptáveis, há muito pouco que podemos fazer para eliminá-los”, conta Ron.

As imagens foram criadas usando bactérias para manipular o filme analógico, o que resultou em fotografias únicas, que depois, são digitalizadas. 

No Brasil, Ron Geipel faz parte da curadoria da Andreus Galeria em São Paulo, que garimpa novos talentos desde 2016. O centro cultural apresenta mais de 40 novos nomes e traz diversas expressões criativas em meio ao roteiro artístico e cultural da cidade, unindo artes visuais, fotografia e esculturas.

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