Em maio de 2016, Daniel Kordan, fotógrafo russo, viajou à Bolívia para registrar fotos estonteantes em Altiplano, no Salar de Uyuni, capturando a Via Láctea refletida nas planícies de sal durante à noite. Com mais de 10 mil quilômetros quadrados, Salar de Uyuni é a maior planície de sal do mundo, e está localizada próximo à Cordilheira dos Andes.

Com uma câmera astrofísica Nikon DSLR D810A e lentes 14-24mm f / 2.8 em punho, Kordan registrou o local, formado por meio de transformações de lagos pré-históricos e coberto por 25 mil toneladas de sal, que atrai diariamente milhares de visitantes. Logo, enquanto claro, o fotógrafo e sua equipe incumbiam-se de traçar a rota até o local de destino, e, à noite seguiam com o auxílio do GPS dada a dificuldade e perigos de se dirigir no escuro em uma planície de sal.

“Você não consegue enxergar absolutamente nada. É quase como se estivesse em um túnel escuro, dirigindo um carro em meio a água e sal”, disse. “Porém, era difícil de acreditar no que estávamos presenciando. Parecíamos flutuar no espaço aberto. Nossa espaçonave estava estacionada em um lugar próximo, e as estrelas piscavam nas cores azul, vermelho e amarelo.”

De deslumbrantes florestas de bambu no Japão a montanhas rochosas no Canadá, Daniel Kordan, que também estuda física, é especialista em fotografar paisagens, e viaja o mundo em busca de pontos mágicos para tirar fotos. Em Altiplano, sua equipe levou cerca de uma semana para se aclimatar antes de seguir adiante, já que a altitude é de 3.600 metros acima do nível do mar.

“Não há muitos lugares no mundo onde você pode desfrutar do céu escuro absoluto, já que a poluição luminosa faz-se presente tanto nas grandes como em pequenas cidades”, comenta o russo, que considera o mundo sua casa, e se prepara para ir às ilhas Faroé e Groelândia a fim de ministrar oficinas de fotografia.